*Carlos B. González Pecotche
Nas primeiras épocas os homens tiveram seus grandes estímulos no descobrimento de terras ignoradas, de continentes, de ilhas, e em uma infinidade de conquistas que foram as bases do progresso atual. Com o tempo, as buscas do saber desviaram-se para as fontes técnicas, alcançando ali êxitos extraordinários. A ciência atingiu grandes progressos, mesmo quando abrangeu um reduzido número de seres, relativamente ao restante da humanidade, o que não implica que possa ser tida em conta como estímulo geral. O conforto que chegou ao seu limite máximo como consequência de tal desenvolvimento e, assim, tudo quanto o homem pensou parecia ter alcançado metas quase que insuperáveis.
Que fica então, por fazer, às gerações de hoje? Não há mais terras a descobrir, os gritos da própria ciência emudecem, ante realidades que não sabe compreender; o conforto enfastia, porque se desfruta demasiado dele; as diversões relaxam o espírito, pelo abuso que se faz delas. Que resta, pois, para que as gerações do presente possam responder como as de outrora, aos impulsos dignos de sua época?
A Logosofia responde: fica o mais grandioso que existe para realizar e que, nesta grande etapa, as gerações de hoje e as vindouras terão de cumprir; o avanço para as altas regiões do entendimento; o esforço por levar o ser, como alma humana, para o encontro de sua própria explicação como ente físico; para a eternidade, que não tem sabido compreender, ao viver um tempo peremptório, sem valor algum. Em outras palavras: o avanço para a superação.
*Carlos B. González Pecotche – Autor da Logosofia – www.logosofia.org.br