Dicas de Português – 01/09

Como usar corretamente as conjunções

As conjunções têm como função ligar elementos de um texto e estabelecer relações de sentido entre eles. Ao elaborar uma redação o aluno precisa ficar atento ao usar os conectivos, pois a utilização inadequada pode deixar o texto sem coerência.
As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas, veja a função de cada uma e como usá-las adequadamente.
1. Coordenativas: ligam termos ou orações independentes sintaticamente. Podem ser:
– Aditivas: Ligam orações ou palavras indicando ideia de soma. São conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também.
Exemplos: “A blusa é bonita e barata.”
“Ele não só escreveu a revista como também editou.”
– Adversativas: Ligam orações indicando oposição. São conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto.
Exemplos: “Tentei chegar cedo, mas não consegui.”
– Alternativas: Indicam alternância. São conjunções alternativas:  ou, ou…ou, ora…ora, quer…quer.
Exemplo: “Ora chove, ora faz sol.”
– Conclusivas: Indicam conclusão em relação ao que já foi exposto. São conjunções conclusivas: logo, portanto, pois (depois do verbo), assim, por isso.
Exemplo: “Estudei muito, por isso passei no vestibular.”
– Explicativas: Indicam explicação em relação ao que já foi exposto. São conjunções explicativas: porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Exemplo: “Não saia de casa agora porque a chuva está muito forte.”

2. Subordinativas: Ligam orações dependentes sintaticamente, isto é, uma oração determina ou completa o sentido da outra. Podem ser:
– Causais: Indicam a causa da oração principal. São conjunções causais: porque, como, que.
Exemplo: “Como fiquei doente, não pude ir à aula.”
– Concessivas: Introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, mas sem impedir sua realização. São conjunções concessivas: ainda que, embora, mesmo que, por mais que, apesar de que.
Exemplo: Embora soubessem do risco que corriam, construíram a casa junto da encosta do morro.
– Condicionais: Indicam uma condição ou hipótese para que o fato da oração principal se realize ou não. São conjunções condicionais: se, caso, contanto que, salvo se.
Exemplo: “Se eles conhecessem o lugar, não se arriscariam tanto.”
– Conformativas: Indicam que um fato está em conformidade com outro. São conjunções conformativas: com, conforme, segundo.
Exemplo: “A viagem ocorreu conforme planejado.”
– Consecutivas: Indicam uma consequência do fato expresso na oração principal. São conjunções consecutivas: (que – antecedido de tal, tão, tanto, tamanho), de modo que, de forma que.
Exemplos: “Choveu tanto que o rio transbordou.”
“Gritou tanto que ficou rouco.”
– Temporais: Introduzem orações que expressam a ideia de tempo. São conjunções temporais: quando, assim que, sempre que, logo que.
Exemplo: “Fomos embora assim que parou de chover.”
– Proporcionais: Indicam que um fato é realizado ao mesmo tempo que outro. São conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que.
Exemplo: “À medida que o efeito do remédio passava, a dor aumentava.”
– Finais: Indicam a finalidade de um fato expresso na oração principal. São conjunções finais: a fim de que, para que etc.
Exemplo: “É preciso tomar providências para que as cidades sejam protegidas de enchentes.
– Integrantes: São conjunções que introduzem a oração subordinada substantiva. São conjunções integrantes: que, se.
Exemplo: “É provável que chova o verão todo.”

Carla Gobb

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