Dicas de Português – 19/05

Nove erros de português na entrevista de emprego
Assassinar a gramática nessa hora pode ser prejudicial à sua vida profissional

Profissionais estão assassinando a gramática e cometendo erros de português na entrevista de emprego. Levantamentos feitos por empresas do segmento apontam que a taxa de reprovação dos candidatos na etapa de “ditado” e “redação” aumentou 60% nos últimos anos.

O dado é assustador porque, além de ferir os ouvidos do interlocutor, quem comete erros gramaticais pode prejudicar sua imagem e jogar pelos ares as melhores oportunidades de trabalho.

Os candidatos cometem erros bem variados, mas muitos – muitos mesmo – são de ortografia. Pior que isso – erram palavras que deveriam fazer parte do seu dia-a-dia. Ficou preocupado? Confira a seguir nove erros de português que você não deve cometer nem no Whatsapp, quanto mais em um processo de seleção:

1 – “Segue os relatórios…”
Regra número um da concordância verbal: o verbo concorda com o sujeito, mesmo quando o sujeito vem depois, como é o caso acima. O correto é “seguem os relatórios”, no plural, ou “segue o relatório”, no singular. Atenção também quando a frase é longa. Nunca diga “O dono desses carros são felizes”, ok? O “dono”, núcleo do sujeito da oração, está no singular e é também no singular que o verbo deve ficar.

2 – “Eu vou estar estudando inglês no próximo ano.”
O nome disso é “gerundismo” e o resultado é tenebroso para sua imagem. Não tente enfeitar o discurso com ele. O melhor é dizer “Eu vou estudar inglês no próximo ano”. Simples e eficiente.

3 – “Ele falou pra mim fazer.”
Você diz “Mim vai almoçar”? Não! “Mim” não faz nada porque jamais pode ser o sujeito da oração. O correto é “Ele falou para EU fazer”. Pode parecer estranho, mas é o certo e, se você começar agora a falar assim, logo vai se acostumar. Só use o “mim” em casos deste tipo: “Ele gostou de mim” ou “Ele fez o relatório para mim”.

4 – “Houveram problemas no seu voo.”
Errado. O correto é “houve problemas no seu voo”. Sabe por quê? Haver no sentido de existir não tem sujeito, por isso fica sempre na terceira pessoa do singular. Exemplo: Há dez problemas, houve dez problemas, haverá dez problemas.

5 – “Esse curso é gratuíto.”
Não, não é… Ele é “gratuito”. Como não há acento agudo no i, o correto é falar com a sílaba tônica no “u”, como se fosse gratúito.

6 – “Porque eu não fui promovido?”
Vamos lá:
– Use “por que” separado no início de uma pergunta.
– Use porque junto na resposta, por exemplo: “Você não foi promovido porque não sabe escrever”.
– Use “por quê” separado e com acento quando ele estiver sozinho ou no fim da pergunta. Assim: “Você acredita nisso? Por quê?”.
– Use “por que” separado e sem acento sempre que ele puder ser substituído por “por qual motivo”. “Eu não sei por que não fui promovido” (“eu não sei por qual motivo não fui promovido”)
– Use “porquê” junto e com acento quando ele vier com a preposição “o” e puder ser substituído por “motivo”. “Eu não sei o porquê de tanta confusão.”

7 – “Estou muito ancioso para conseguir um emprego.”
Você esta “ansioso”, tenho certeza. Com “s” SEMPRE.

8 – “Eu tive muita assertividade nos testes.”
Não, você teve muitos acertos. Ter “assertividade” significa falar de forma clara, direta e objetiva. Não quer dizer que você tenha acertado alguma coisa.

9 – “Vamos se ver amanhã?”
Vamos relembrar os pronomes reflexivos: Eu me encontro, Tu te encontras, Ele (Você) se encontra, Nós nos encontramos, Vós vos encontrais, Eles (Vocês) se encontram. Da próxima vez, por favor, diga “Vamos nos ver amanhã?”. Combinado?

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