Explosão em edifício residencial deixa cinco feridos no Rio

Acidente ocorreu pouco antes das 6h e causou destruição até mesmo em prédios vizinhos

Acidente ocorreu pouco antes das 6h e causou destruição até mesmo em prédios vizinhos

Uma forte explosão em um apartamento de um prédio residencial, localizado na Rua General Olímpio Mourão Filho, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, deixou cinco pessoas feridas na manhã de ontem. O acidente ocorreu por volta das 5h40, no apartamento 1.001, no décimo andar do Edifício Canoas, alugado por um alemão, de 51 anos, que sofreu queimaduras de segundo grau nos braços e pernas, além de escoriações no tórax. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. As outras quatro pessoas feridas foram atendidas no local e liberadas em seguida.
Vários dos 72 apartamentos do prédio de 19 andares foram atingidos. Ferragens, pedaços de madeiras, concreto e janelas retorcidas na piscina do condomínio que foi interditado pelo Corpo de Bombeiros.Os apartamentos ao lado, também no décimo andar, foram atingidos e tiveram parte do rebaixamento do teto destruído, com as janelas quebradas e as portas arrancadas pelo deslocamento de ar provocado pela explosão.
Segundo a Defesa Civil, a estrutura do edifício não chegou a ser abalada e, portanto, a edificação não terá de ser implodida. “A estrutura não foi comprometida e não há risco de desabamento”, disse Daniel Guerra, engenheiro da Defesa Civil.
Os técnicos da Defesa Civil explicaram que as lajes do 11º e do nono andares desabaram e ficaram apoiadas sobre a laje do oitavo andar. Por sorte, os dois apartamentos estavam vazios, disponíveis para alugar. Se estivessem ocupados, o número de vítimas poderia ser maior.
O prefeito Eduardo Paes se dirigiu ao local instantes após a explosão e disse que, embora a necessidade de implosão do edifício esteja inicialmente descartada pela Defesa Civil, ainda não há prazo para que os moradores sejam autorizados a voltar para suas casas.
“Parece que não houve risco estrutural, os bombeiros ainda continuam trabalhando no local, mas é preciso avaliar a situação com muita calma para que se possa tomar uma decisão [sobre a volta dos moradores]. Vamos aguardar os laudos porque a prioridade agora é a segurança dos moradores”, disse. Paes também pediu uma apuração rigorosa das causas da explosão.
O engenheiro Daniel Guerra lembrou que será necessário retirar muito entulho de alguns andares, antes de liberar o edifício. “Algumas das lajes entre os andares foram abaladas e tiveram um colapso parcial. Há muitos entulhos, concretos e ferros retorcidos por sobre elas, o que pode causar pequenos desabamentos. Vai levar um tempo para que a área seja liberada e é preciso paciência”, disse.
Por volta das 16h, a Prefeitura do Rio autorizou os moradores a terem acesso ao prédio para retirar objetos pessoais. O prazo para cada família permanecer nos apartamentos foi de apenas dez minutos.

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