Eleitores renovam um terço da Câmara no Rio; mulheres continuam de fora

Carlos Bolsonaro, do PSC, e Tarcísio Motta, do PSOL (à esquerda) foram os mais votados na capital

Carlos Bolsonaro, do PSC, e Tarcísio Motta, do PSOL (à esquerda) foram os mais votados na capital

Os eleitores da cidade do Rio de Janeiro renovaram um terço da Câmara Municipal. Dos 51 vereadores, 18 ficaram de fora da nova legislatura. O PMDB, com a maior bancada, perdeu oito cadeiras. O PSOL, do candidato Marcelo Freixo, que segue na disputa à prefeitura, enfrentando Marcelo Crivela (PRB), no segundo turno, chegou à segunda maior bancada, passando de quatro para 6 parlamentares. O DEM e o PT perderam uma vaga cada um.
O vereador mais votado foi Carlos Bolsonaro (PSC), de 34 anos, que vai para o quinto mandato consecutivo, com 106,6 mil votos. Logo atrás, eleito pela primeira vez, está o professor Tarcísio Motta (PSOL), com 90,4 mil. Ex-prefeito da cidade, e pela segunda vez na Câmara, César Maia (DEM) ficou em terceiro, com 71 mil votos. Ao todo, os candidatos a vereador no Rio receberam 2.921.506 votos, embora 502.116 pessoas tenham anulado o voto.
Com a renovação de um terço da Câmara, o Partido Novo, em sua primeira eleição, emplacou Leandro Lyra, com 29 mil votos, entre os dez mais votados. A Rede perdeu suas duas cadeiras, enquanto PRB triplicou seus representantes, subindo de um para três vereadores.
Apesar da cota partidária, que obriga os partidos a lançarem aos menos 30% de mulheres candidatas, o perfil de gênero do Palácio Pedro Ernesto mudou pouco. Entre os eleitos, estão apenas sete mulheres, uma a mais que na legislatura passada, o que não chega a 15% dos vereadores. As mais votadas são Rosa Fernandes (PMDB), de uma família de políticos, já no sexto mandato, com 57,8 mil votos, e a socióloga, preta, oriunda da Favela da Maré, Marielle Franco (PSOL), com 46,5 mil. Ambas são da zona norte.

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