Cusparada: Conselho de Ética da Câmara inicia processo contra Jean Wyllys

Deputado carioca cuspiu em Jair Bolsonaro durante a votação do impeachment e pode pegar gancho de seis meses Foto: Câmara dos Deputados

Deputado carioca cuspiu em Jair Bolsonaro durante a votação do impeachment e pode pegar gancho de seis meses
Foto: Câmara dos Deputados

Ontem, o Conselho de Ética (CE) da Câmara dos Deputados abriu processo contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A quebra de decoro parlamentar aconteceu no plenário da Câmara durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O primeiro passo será a escolha pelo presidente do CE, José Carlos Araújo (PR-BA), do relator entre os três membros sorteados hoje: Ricardo Izar (PP-SP), Zé Geraldo (PT-PA) e Leo de Brito (PT-AC).
O processo é fruto de seis representações levadas à Corregedoria da Casa. A Mesa Diretora aprovou o encaminhamento das representações e sugeriu a suspensão do mandato parlamentar por até seis meses. Caberá ao Conselho de Ética arquivar ou dar continuidade ao processo.
Wyllys já enfrentou processo no colegiado e a representação do PSD foi arquivada por unanimidade. Na sessão plenária do dia 28 de outubro do ano passado, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) alegou que o colega do PSOL o teria ofendido, acusando-o de roubar dinheiro público. Rodrigues e Wyllys trocaram acusações no plenário após o deputado do PSD subir na tribuna para defender o projeto que muda o Estatuto do Desarmamento.
Na ocasião, o relator Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) apresentou um parecer prévio contra a admissibilidade da ação, argumentando que as palavras de um parlamentar não podem ser censuradas e que era preciso ter parcimônia na decisão de punir um deputado por palavras proferidas na Casa.

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