O terceiro-sargento do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, Alexander Silva da Costa, também era pastor evangélico

Familiares do terceiro-sargento do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, Alexander Silva da Costa, morto a tiros, na madrugada de quarta-feira, em Austin, Nova Iguaçu, acreditam que a vítima tenha sido executada por criminosos. Ele estava de moto na Avenida dos Inconfidentes quando um carro emparelhou e um dos ocupantes disparou várias vezes. Há suspeitas de que ele tenha sido vítima de uma tentativa de assalto.
As circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas e até a hipótese de que ele tenha sido reconhecido como policial e morto, não está descartada. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a especializada, foi realizada uma perícia no local do crime.
“Os três bandidos estavam esperando ele num Sedan branco e não levaram a moto dele. Por isso acreditamos em execução. Foi nascido e criado em Austin e o pai dele, já falecido, foi PM do 24BPM durante muitos anos e ele se inspirou na carreira do pai para virar policial”, disse um irmão do policial que não quis se identificar, durante liberação do corpo da vítima no Instituto Médico Legal (IML) da Posse.
O delegado assistente da DHFB, Evaristo Pontes pretende ouvir parentes e amigos da vítima para saber se ele tinha recebido alguma ameaça e tentar identificar os autores do crime.
Alexsander também já foi lotado no Batalhão de Operações Especiais, o Bope. Ele estava lotado no COE desde dezembro de 2015. O terceiro-sargento tinha 42 anos, 15 deles na corporação. Evangélico, S Costa, como era conhecido, participava do grupo gospel “Tropa de Louvor”, formado por policiais do Bope. Segundo parentes, ele iria ser promovido a segundo sargento no fim do mês, era pastor evangélico da Igreja Assembleia de Deus, em Austin, divorciado e pai de três filhas de 13 a 20 anos.
O assassinato de policiais militares tem se tornado comum em Nova Iguaçu. No dia 23 de julho, o PM Delaney da Silva Barbosa, do 5º BPM (Praça Harmonia), foi morto por bandidos após ser reconhecido como policial, no bairro Rosa dos Ventos. Ele estava de folga dentro de um bar quando foi atacado. O militar foi socorrido no Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos.
Já no dia 24 de setembro, o policial militar Pedro Ferreira Júnior, de 33 anos que havia sido baleado dias antes, na Comunidade Três Campos, em Nova Iguaçu, não resistiu aos ferimentos e morreu após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Comendador Soares. Pedro era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Turano.

por Diego Valdevino – diego.valdevino@jornalhoje.inf.br
Colaboração Ivan Teixeira
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