Zé Dirceu nega relação de grana recebida com Petrobras

Ex-ministro de Lula rebate suspeita de que teria recebido propina ‘disfarçada’ na Lava Jato

Ex-ministro de Lula rebate suspeita de que teria recebido propina ‘disfarçada’ na Lava Jato

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu informou que o contrato com a JAMP Engenharia – controlada pelo lobista Milton Pascowith, preso ontem, pela Operação Lava Jato – “teve o objetivo de prospecção de negócios para a Engevix no exterior, sobretudo no mercado peruano”.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, o ex-ministro de Lula da Silva destaca que o contrato com a JAMP foi assinado em março de 2011 e não tem qualquer vínculo com o universo de negócios da Petrobras. “O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora (Engevix) com a Petrobras”, diz o texto.
A força-tarefa da Operação Lava Jato identificou pagamento de R$ 1,45 milhão da empresa de Pascowith para a JD Assessoria e Consultoria, controlada por Dirceu. A maior parte desse valor, R$ 1,15 milhão, foi repassada a Dirceu durante o julgamento do processo do Mensalão, no qual o ex-ministro foi réu e condenado, em 2012.
Os investigadores suspeitam que o contrato de consultoria entre a JAMP e a JD ‘disfarça’ repasse de propinas do esquema de corrupção que se instalou na Petrobras.
Dirceu rechaça a suspeita. Segundo sua assessoria, no período da prestação de serviços da JD Assessoria e Consultoria à Engevix e à JAMP “a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru”.
O ex-ministro ressalta que durante a vigência do contrato com a JAMP chegou a viajar a Lima para tratar de interesses da Engevix, “fato também confirmado pelo ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada”. A assessoria do ex-ministro anota, ainda, que em seu depoimento à Justiça, Almada afirmou que nunca falou com Dirceu sobre a Petrobras.
“O ex-ministro José Dirceu reitera, conforme já divulgado anteriormente, que o contrato com a JAMP Engenharia, assinado em março de 2011, teve o objetivo de prospecção de negócios para a Engevix no exterior, sobretudo no mercado peruano. O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora com a Petrobras.
No período da prestação de serviços da JD Assessoria e Consultoria à Engevix e à JAMP, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru.
Durante a vigência do contrato, o ex-ministro José Dirceu chegou a viajar a Lima para tratar de interesses da Engevix – fato também confirmado pelo ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada. Em seu depoimento à Justiça, Almada afirmou que nunca falou com o ex-ministro a respeito da Petrobras.
“Ele (Dirceu) se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltado a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte”, disse o empresário em seu depoimento. O presidente do Conselho da Engevix, Christian Kok também reconheceu, em entrevista à imprensa, que a Engevix contratou a JD Assessoria e Consultoria para auxiliar em negócios fora do Brasil.”

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