Chacina com quatro parentes de PM choca bairro de São João de Meriti

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Gomes Gregório, de 29 anos, pai das crianças mortas prestou depoimento na DHBF Foto: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje
Gomes Gregório, de 29 anos, pai das crianças mortas prestou depoimento na DHBF
Foto: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje

Moradores do Parque Tietê, em São João de Meriti estão em estado de choque. Quatro pessoas da mesma família e dois cachorros foram assassinados com requintes de crueldade em uma residência. De acordo com informações da Polícia Militar, o sargento da PM Cristiano José Martins, lotado no 5º BPM (Praça Harmonia), chegou em casa por volta das 8h de ontem, na Rua Bom Jardim, e encontrou a mãe, o irmão, duas crianças e os animais de estimação mortos. Segundo a polícia, quando o militar chegou no local, ele encontrou os cães mortos na parte de trás e sinais de um possível arrombamento da porta dos fundos. A porta da frente estava com a chave. As vítimas foram identificadas como Marine José Martins, de 60 anos, o irmão do PM, Fernando José Martins, de 36, e as crianças Hester, de 5, e Kauane, de 7. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias.
Um homem que sobreviveu à chacina foi levado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde prestou depoimento. O homem andava com dificuldade ao sair da casa, na Rua Bom Jardim, no bairro Parque Tietê, onde ocorreram os assassinatos. Ele contou a PMs do 21º BPM (São João de Meriti) que estavam no local do crime que conseguiu escapar da pessoa que invadiu a residência se trancando no quarto.

Único sobrevivente da chacina foi levadao para sede da DHBF onde foi ouvido ontem à tarde Foto: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje
Único sobrevivente da chacina foi levadao para sede da DHBF onde foi ouvido ontem à tarde
Foto: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje

A polícia também ouviu o depoimento de Leonardo Gomes Gregório, de 29 anos. Ele era pai das crianças mortas na chacina. O rapaz trabalha no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio. Leonardo chegou à DHBF chorando muito e bastante abalado. A polícia já tem uma informação de que Leonardo discutia frequentemente com Marilene.
Na casa onde ocorreu a chacina, agentes apreenderam uma vassoura e uma enxada. Os itens foram apreendidos e serão enviados à perícia para saber se teriam sido usados no crime, já que estavam manchados de sangue.
O delegado Giniton Lages, titular da DHBF, informou que Leonardo e Marilene brigavam pela guarda das crianças que também foram mortas. A mulher era tia das meninas. Já o rapaz visitara os filhos pela última vez no dia 20 do mês passado.
“Eles tinham uma audiência pela guarda provisória amanhã (hoje). Ela tinha interesse na guarda. Esse rapaz não morava na comunidade (onde ocorreu o crime). Já foi envolvido no tráfico daquela comunidade, mas agora está morando na Ilha (mais especificamente, no Morro do Barbante)”, afirmou.
Giniton contou ainda que não pode apontar Leonardo como um dos suspeitos do crime. Segundo o delegado, a mãe das crianças é viciada em crack, por isso não pode ficar com elas. O Conselho Tutelar, então, deu a guarda provisória à Marilene.
“Nós apuramos a princípio o seguinte: ali onde ocorreu o crime é o Morro do Azul. Há, sim, tráfico de drogas naquele local. Se ventilou logo que a ocorrência chegou que poderia haver envolvimento do tráfico (nas mortes), mas ainda não é possível cravar isso. A casa fica numa localidade que normalmente é trânsito de traficantes”, avisou Giniton.
O delegado ainda descartou que a possibilidade de as mortes estarem ligadas ao fato de Marilene ser mãe de um policial militar.
”A Marilene é mãe de um policial militar, sim, mas ele não reside ali há muito tempo. É muito remoto pensar que esse parentesco tenha motivado esse crime. Tudo leva a crer que foi um crime passional, por causa da carga de violência e do modus operandi. A cena nos diz que a carga emotiva presente na cena do crime nos leva a considerar, sim, o crime passional como uma hipótese”, finalizou.
Para os policiais da DHBF, Marilene foi a primeira pessoa a ser morta. ”Ela vai abrir a porta, tenta fechar, mas a pessoa avança e a matou a pauladas. O segundo a morrer foi o outro adulto. Ele foi morto com uma faca, levada pelo assassino. Chegou a lutar com o assassino, mas foram muitos golpes. Os próximos a morrer, infelizmente, foram as crianças. Elas foram estranguladas com um barbante”, afirmou Giniton.
Logo após as mortes, o suspeito fugiu. Quanto ao sobrevivente, o delegado acredita que a presença dele não tenha sido notada pelo assassino.

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