Delação de Cunha pode atingir pelo menos 50 deputados e 15 empresas

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, considerou número baixo, em evento fechado com empresários

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, considerou número baixo, em evento fechado com empresários

Uma eventual delação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cuja prisão preventiva foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro na última quarta-feira (19), pode atingir pelo menos 50 deputados, que correspondem a 10% da Câmara Federal, e 15 empresas. A declaração foi dada pelo atual presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um evento fechado, ontem, em São Paulo, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Maia considerou o número baixo e minimizou os efeitos da delação diante de uma plateia de empresários. Na semana passada, logo após a prisão de Cunha, o presidente da Câmara se apressou em apagar o incêndio que poderia chegar ao Palácio do Planalto, quando Michel Temer ainda estava em viagem oficial pelo Japão. “Não acredito que nenhuma delação do deputado Eduardo Cunha possa atingir o presidente da República”, afirmou Maia, em entrevista à imprensa no Salão Verde da Câmara.
Apesar de o Planalto ter comunicado o retorno antecipado de Temer ao Brasil logo depois da prisão de Cunha, sem explicar o motivo para interromper a agenda no Japão, o presidente se limitou a afirmar, por meio do porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, que a prisão do aliado e ex-deputado do PMDB é “da alçada” do Poder Judiciário e não interfere no Executivo.
“A agenda política de recuperação e reconstrução do Brasil não se confunde com as investigações levadas adiante pela Justiça. A agenda de reformas e modernização econômica, social e política responde a uma urgência do povo brasileiro”, disse o porta-voz.

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