Opositores ameaçam Michel: pichações pregam ‘morte ao Temer’

Pichações com ameaça de morte ao presidente apareceram em prédios públicos de Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Pichações com ameaça de morte ao presidente apareceram em prédios públicos de Brasília
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

As manifestações de opositores do governo em várias capitais do País, principalmente em Brasília, foram marcadas pelo agravamento da violência, e agora com ameaças explícitas ao presidente Michel Temer. Em Brasília, os manifestantes, ligados a movimentos radicais que apoiam o governo destituído do PT, picharam a expressão “morte ao Temer” e não apenas o usual “Fora Temer”.
A opção pela violência das manifestações preocupam as autoridades e a opinião pública de uma maneira geral, porque introduz no País componente que raramente esteve presente em manifestações de rua, em geral pacíficas, desde os protestos de julho de 2013. Na ocasião, o surgimento de um grupo de mascarados autodenominados de “black blocs”, provocando conflitos com policiais, mostraram a progressiva opção pela violência.
Em Brasília, já pela manhã, a Polícia Militar havia apreendido impressionante quantidade de artefatos, incluindo porretes, barras de ferro, armas brancas, coquetéis molotov, rojões, bombas e até estilingues e verdadeiro arsenal de bolas de gude, utilizadas para atingir e ferir policiais. Também foram apreendidos exemplares do “Manual de Guerrilha Urbana”, de Carlos Maringhela, com instruções detalhadas para o enfrentamento com a polícia atos de invasão, depredações e vandalismo. Não por acaso, a Secretaria de Segurança do DF estuda o enquadramento dos presos, nas manifestações de ontem, na Lei Antiterrorismo sancionada pela então presidente Dilma Rousseff.
Ao final, oito policiais saíram feridos, ao contrário dos “manifestantes” profissionais que, aparentemente treinados para o conflito, escaparam ilesos. Apenas 72 foram detidos, dos cerca de 2 mil que invadiram Brasília para tocar o terror. (As informações são do site Diário do Poder)
Presos podem ser enquadrados na
Lei Antiterrorismo de Dilma

Lei contra o terror sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, deve ser usada para punir os destruidores Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Lei contra o terror sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, deve ser usada para punir os destruidores
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que 72 pessoas foram detidas durante a baderna de terça-feira (13) supostamente contra a aprovação da PEC do Teto de Gastos. Parte dos presos poderá ser enquadrada com base na lei antiterrorismo, segundo o órgão. Pela lei, pode ser acusado por crimes de terrorismo quem depredar ou incendiar meios de transporte públicos ou privados ou qualquer bem público, entre outros atos de violência.
A lei antiterrorismo ironicamente foi sancionada em março pela então presidente Dilma Rousseff, do governo do PT, e teve como principal objetivo dar mais segurança à realização dos Jogos Olímpicos no Rio. A norma, porém, sempre foi vista com receio por movimentos sociais pela possibilidade de ser usada contra quem fosse preso durante manifestações violentas, como a de terça.
Segundo a Secretaria de Segurança do DF, a manifestação foi pacífica até por volta de 17h – a PEC foi aprovada no 2º turno no Senado às 13h32. Depois disso, grupos armados de porretes, barras de ferro, coquetéis molov e rojões atacaram policiais, depredaram equipamentos públicos e queimaram ônibus. Pelo menos oito PMs ficaram feridos.
Um grupo de “manifestantes” fazia “vigília”, na noite da terça-feira em frente ao Departamento de Polícia Especializada, no Sudoeste de Brasília, onde estava a maioria dos detidos. Apenas advogados e um grupo de parlamentares foram autorizados a entrar no local.

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