
Fotos: Divulgação / PMERJ
Uma grande operação denominada ‘Pinóquio’ foi deflagrada ontem de manhã, em Magé e terminou com sete pessoas presas. A ação reuniu batalhões da Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra o tráfico de drogas no município. Promotores compartilharam provas da investigação com o Ministério Público Eleitoral, para que o prefeito eleito de Magé, Rafael Tubarão (PPS), seja investigado. Ele é suspeito de pagar pedágio para traficantes do município para fazer campanha em favelas. O nome de Tubarão foi citado numa escuta telefônica por um traficante que diz que o político teria pago R$ 9 mil ao tráfico. Segundo a denúncia do Ministério Público, outros políticos também eram obrigados a pagar pedágio com o mesmo objetivo. Os valores chegavam a R$ 10 mil.
Foram capturados Thiago da Silva, o “TH”, 20 anos; Uallace Nei Souto dos Reis, o “Pingo”, de 33; Leonardo Rocha Alves, o “Léo” de 54; Wagner Santana Leite, o “WG”, de 19; André Santos Oliveira,o “Bigode”, de 42 e Fabiano Silva de Carvalho e Alberto de Moraes dos Santos, todos suspeitos de pertencer a quadrilha que domina a venda de drogas nas favelas do Maringá, Saco, Lagoa e Fonte. Ao todo, 14 mandados de prisão foram expedidos. Quatro suspeitos, entre eles o responsável pela contabilidade e logística, Wellington Gomes da Silva, o “Nego” ou “Niel”, já estavam presos. O chefe do tráfico, David dos Santos Pereira, o “DVD”, está foragido.
A operação também apreendeu quantidade de maconha e cocaína, ainda não contabilizada, celulares, além de pistola 9mm, carregadores, rádio transmissores e cerca de R$ 5 mil em dinheiro. De acordo com investigações, com o domínio de traficantes na região, a quadrilha subornava policiais e cobrava “pedágio” de candidatos em campanha.