Paes presta depoimento na PF em inquérito sobre CPI dos Correios

Além de Aécio, Eduardo Paes também falou à Justiça Federal em Brasília. O ex-prefeito do Rio agora não tem foro privilegiado
Foto: ABr

Assim como o senador tucano Aécio Neves (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) também prestou depoimento na Polícia Federal sem que houvesse alarde. O prefeito depôs na semana do Natal, na sede da PF, em Brasília.
O depoimento diz respeito ao inquérito a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de ter participado da maquiagem de dados do Banco Rural na CPMI dos Correios, em 2005.
Em dezembro, o senador Aécio Neves também foi discretamente à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento no mesmo inquérito. O tucano foi acusado pelo ex-senador Delcídio do Amaral de tentar interferir nos trabalhos da CPI que investigava denúncias do mensalão.
As investigações são baseadas em um dos depoimentos do ex-senador Delcídio do Amaral, em colaboração com a Justiça. De acordo com Delcídio, em 2005, durante os trabalhos da CPMI dos Correios, o senador Aécio Neves, então governador de Minas Gerais, “enviou emissários” para barrar quebras de sigilo de pessoas e empresas investigadas, entre elas o Banco Rural.
Durante as investigações feitas pela CPI dos Correios, Delcídio identificou algumas “maquiagens” em alguns “dados comprometedores” fornecidos pelo Banco Rural. Eram dados que, segundo ele, prejudicariam o ex-governador e o ex-vice-governador de Minas Gerais, Aécio Neves e Clésio Andrade – além da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e do publicitário Marcus Valério, pivô do mensalão, entre outros.
Delcídio disse compreender a existência dessa maquiagem pelo fato de que “a gênese do mensalão teria ocorrido em Minas Gerais”. No depoimento, ele disse que ficou sabendo que os dados recebidos do banco estavam maquiados por meio de relatos feitos por Eduardo Paes e do próprio Aécio Neves, mas que isso acabou não sendo incluído no relatório final.

Em Bangu, Cabral briga com ex-secretário de Obras por delação

O ex-governador Sérgio Cabral teria se desentendido com seu ex-secretário de Obras Hudson Braga na semana passada, no presídio de Bangu. Segundo informações do colunista Lauro Jardim, a notícia publicada pelo também colunista Ancelmo Gois de que Braga “já dá sinais de que prepara a sua deleção premiada” teria irritado Cabral, que reagiu cobrando lealdade.
Ainda segundo a nota, Cabral teria se acalmado após o bate-boca dizendo que, se fosse o caso de fazer delação premiada, ele mesmo, Cabral, poderia coordenar os entendimentos do grupo.

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