
As investigações sobre a morte do embaixador grego ainda não terminaram. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) aguarda respostas dos ofícios enviados à Polícia Federal e ao Exército para saber se o embaixador grego no Brasil Kyriakos Amiridis, de 59 anos, possuía uma arma de fogo registrada em seu nome. Há suspeita de que o diplomata tenha sido morto com a própria arma. Na última tarde, circulou em grupos de WhatsApp de agentes penitenciários uma foto da embaixatriz Françoise Oliveira, 40, presa por envolvimento no crime, já com o uniforme da Secretaria de Administração Penitenciária. Segundo agentes, ela tem se alimentado normalmente na prisão e recebe visitas de seus advogados.
Na versão do policial militar Sérgio Gomes, 29, preso como autor do homicídio, Amiridis pegou uma arma e o ameaçou quando ele pediu para que o diplomata não agredisse mais a mulher, apontada como amante do PM. A última agressão teria ocorrido três dias antes do Natal. Após a suposta ameaça, houve uma luta corporal e o grego foi assassinado por estrangulamento. No entanto, a arma não foi encontrada na residência onde ocorreu o crime, uma casa que Françoise e o embaixador possuíam em Nova Iguaçu. Gomes alega ainda que jogou a arma fora em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
A perícia afirma que encontrou uma grande quantidade de sangue no sofá do imóvel onde teria sido assassinado e acredita que o grego possa ter sido morto a facadas ou até por um tiro disparado por esta possível arma, já que o executor não tinha arma pessoal. As armas para o corpo embaixador, se foram de origem nacional, são registradas no Sistema Nacional de Armas, da Polícia Federal, enquanto aquelas provenientes de importação devem ser incluídas no cadastro da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, do Exército.
Eduardo Tedeschi, sobrinho do PM Sérgio Gomes, também está preso, acusado pelo homicídio, ocorrido no dia 27 de dezembro. O crime chocou moradores da Baixada e ganhou repercussão internacional. O corpo do grego foi carbonizado dentro de um carro e jogado numa ribanceira no Arco Metropolitano, na altura de Nova Iguaçu. Na última sexta-feira, a polícia confirmou através de um exame de DNA que o corpo era do diplomata. A vítima passava férias na cidade quando foi assassinado pelo policial militar a mando da mulher, que estaria vivendo uma romance com o executor, segundo investigações.