Mitsubishi Outlander ganha repaginada

Foto: Raphael Panaro/Carta Z Notícias

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A Mitsubishi agiu rápido. Durante o Salão de Nova Iorque, em abril último, a japonesa revelou ao mundo o novo Outlander, com design remodelado – principalmente na dianteira. E apenas um mês depois, a fabricante já desembarcou o crossover no Brasil. Além da nova cara, o modelo ganhou uma novidade extra: uma versão diesel. O face-lift de emergência feito pela Mitsubishi veio depois de várias críticas globais à sua terceira geração. Mas a estética rejeitada parece não ter afetado as vendas no Brasil. Em 2013, o Outlander emplacou quase 1.100 unidades/mês após sua estreia, em agosto. No ano seguinte, manteve o patamar projetado pela marca nipônica, com pouco mais de 600 carros mensais – justamente o dobro do antecessor. Agora, com a reestilização e a nova motorização, os planos são mais otimistas: 800 emplacamentos por mês.
Como já era de esperar, o face-lift mexeu nas extremidades do carro e, de quebra, revelou o visual que os próximos carros da Mitsubishi devem adotar. A dianteira foi a mais retocada. Ganhou um arrojado desenho no para-lamas e para-choque em forma de “X”, que agrega um novo painel cromado com desenho futurista. As entradas de ar e farol de neblina com detalhes cromados também foram remodelados. A luz de iluminação diurna completa o visual frontal. Atrás, as alterações são mais sutis. O aerofólio tem brake light e há um acabamento cromado na tampa do porta-malas, que integra lanternas em leds. O para-choque mais robusto reforça a estética “off-road”. A lateral vem com um friso que contorna os vidros e destaca a linha de cintura alta. O rack de teto e as maçanetas cromadas dão um toque de sofisticação, assim como as rodas de 18 polegadas de série.

Foto: Raphael Panaro/Carta Z Notícias

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A Mitsubishi aproveitou a remodelação e diversificou o poder de atração do modelo no Brasil. Agora, o crossover conta com um inédito motor diesel de quatro cilindros, 2.2 litros com turbo de geometria variável, intercooler, injeção direta e duplo comando no cabeçote. De acordo com a marca japonesa, o propulsor proporciona maior torque e economia de combustível. Em números, são 165 cv e 36,7 kgfm. A motorização diesel se junta a outras duas já existentes a gasolina. A versão de entrada vem equipada com um 2.0 litros de 160 cv e 20,1 kgfm – igual ao do sedã Lancer. Nas configurações GT e GT Full Technology Pack, quem faz a força é o V6 3.0 litros de 240 cv e 31 kgfm. A complementação do trem-de-força varia de acordo com a versão. Na 2.0 litros, a transmissão agora é CVT com simulação de 6 marchas e tração dianteira. Já nas versões V6 e diesel, o Outlander se torna 4X4 com câmbio automático de seis marchas.
Com o preço de R$ 173.990, o novo Outlander com motor diesel chega para ficar no topo da gama. Segundo a Mitsubishi, deve responder por 20% do “mix” do crossover, o que representaria 160 das 800 unidades/mês projetadas. Para isso, a lista de equipamentos é um diferencial: ar-condicionado de duas zonas, tampa do porta-malas com abertura e fechamento automáticos, teto solar e sistema multimídia com tela “touch” de 7 polegadas. Mas o Outlander se destaca mesmo é na segurança. Além de airbags dianteiros, laterais, de cortina e de joelho, é recheado eletronicamente: alerta sonoro de mudança de faixa no painel, caso o motorista faça a manobra involuntariamente, controles de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa.
O “pacote” ainda inclui duas tecnologias interessantes e que trabalham em conjunto. O ACC – ou controle de cruzeiro adaptativo – programa a velocidade que deseja andar e, caso um veículo entre na frente, o carro a reduz automaticamente para manter a distância. Se o da frente frear, o Outlander acompanha a frenagem. O outro é o FCM – Foward Collision Mitigation –, um sistema que utiliza um radar para controlar a distância de possíveis obstáculos à frente. Ao entrar em margem de risco, ativa um alarme sonoro e aviso no painel que solicita uma ação de frenagem. Caso o condutor fique sem reação e a velocidade relativa entre o Outlander e o obstáculo for de até 30 km/h, o sistema freia o veículo de forma autônoma. E os carros vão ficando cada vez mais “à prova de barbeiragens”…

por Raphael Panaro
Auto Press

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