Diversão e Lazer – 30/05

Balé Afro Contemporâneo de Meriti é espetáculo na Baixada

A coreógrafa Drika(sentada no centro) e integrantes do BAC

A coreógrafa Drika(sentada no centro) e integrantes do BAC

Há 16 anos, a professora e moradora de São João de Meriti, Drika Rodrigues aceitou o desafio de trabalhar com a Dança Afro na Casa da Cultura da Baixada Fluminense. A idéia de ir além de uma linguagem corporal, usando o bailado como instrumento de conscientização e modificação da realidade rendeu bons resultados. Hoje, Drika é coreógrafa e responsável pelo Balé Afro Contemporâneo – BAC, que mistura variedades artísticas, que agrupam danças afro, contemporânea e populares, além de teatro e capoeira.
Atualmente Drika integra a sociedade religiosa de matriz africana Ilê Asé Opó Afonjá e faz da dança uma ferramenta de fomentação à conscientização social, destacando a importância da arte na sociedade. A coreógrafa está em ritmo acelerado e prepara o BAC para diversas apresentações até o final do ano.

Jornal de Hoje – Onde e quando será a primeira apresentação do BAC neste segundo semestre ?
Drika – Serão nos dias 10 e 24 de julho, no Teatro Raul Cortez, em Duque de Caxias.

JH – Qual é a expectativa do grupo com esse trabalho?
Drika – É o fortalecimento de jovens com apropriação de uma linguagem artística, como elemento transformador do indivíduo e difusor de novos valores para o desenvolvimento da comunidade da região, caracterizada por graves problemas sociais.

JH – Esta apresentação faz parte de algum projeto?
Drika – Sim. Faz parte do projeto Gás Como Combustível de Luta, que tem como objetivos principais apresentar o espetáculo e promover uma integração sociocultural na Baixada.

JH – Com está montado o espetáculo Gás como Combustível de Luta?
Drika – Está montado em quatro atos. O primeiro é o Mix e foi criado a partir de fragmentos de diversas coreografias no decorrer do ano de 1999 até 2006, no qual se conta a trajetória do grupo. Essa coreografia fomenta a conscientização da luta do negro, na busca pelos seus direitos e na importância de sua cultura na sociedade. O segundo ato é o combate e traduz as situações cotidianas vivenciadas pela sociedade com resistência, força e busca incansável de sentir-se acolhido. Gás é a terceira parte e significa energia, garra e paixão que move a vida. A visão da nossa casa, lugar de sofrimento mas também de sonhos, encerra o espetáculo com o título de Pátria Amada.

JH – Quantas pessoas formam o BAC ?
Drika – Hoje o grupo é formado por 11 integrantes, sendo cinco bailarinos, três percursionistas (incluindo a coreógrafa), duas produtoras e um iluminador/ sonoplasta.

JH – Qual a importância da dança para a cultura na Baixada?
Drika – A dança, como uma das inúmeras linguagens artísticas que temos na Baixada, acaba sendo uma conseqüência para o crescimento do espaço urbano, econômico e político da região.

JH – O BAC já participou de algum festival?
Drika – O grupo participou de dois festivais. Um deles promovido pelo Colégio Santa Maria chamado Momentos em Movimentos, onde ganhamos por três anos consecutivos como melhor tema proposto. Em 2009, o BAC participou do festival foi promovido pelo CIEP 169 em Meriti e ganhou o premio de melhor grupo de dança do município.O BAC, também é parceiro do Festival Literário da Diáspora Africana de São João de Meriti – FLIDAM.

JH – Onde o BAC já se apresentou?
Drika – O BAC já participou de vários eventos, entre eles, na 2º Jornadas Culturais – Rede de Grupos Artísticos e Culturais da Baixada Fluminense no SESC do Teatro de Nova Iguaçu,Teatro João Caetano; Favela Festa – Circo Voador; Espaço Criança Esperança – Cantagalo, Roda Onze – Praça Onze; Fórum Social Brasileiro, em Recife; e no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu.
Ana Paula Moresche
amoresche@jornalhoje.inf.br

 

Teatro em Nova Iguaçu

A Sala de espetáculos Amir Haddad tem como programação hoje às 20h o Espetáculo Ilha dos Sonhos com direção de Alexandre Gomes. Livremente inspirado no documentário de Jorge Furtado chamado Ilha das Flores e valendo-se do movimento estético expressionista que influenciou as sociedades no início do século XX. O Espetáculo conta de forma não realista o romance de um rapaz, filho de um empresário, com uma jovem catadora de lixo, tendo como pano de fundo uma Ilha, onde é despejado todo o lixo de uma “tal cidade”. A história tem o intuito de provocar no público a reflexão da relação da humanidade com a própria humanidade pensando o papel do homem na sociedade excludente. Ilha dos Sonhos fala dos direitos humanos, mas principalmente do direito de sonhar.
Ingressos a venda na bilheteria da sala a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). A Sala de espetáculos Amir Haddad fica na Avenida Getúlio de Moura, 1302 – Centro de Nova Iguaçu. Outras informações pelo telefone (21) 3768-9250.

Homenagem a Ariano Suassuna no Sesc

A biografia de Ariano Suassuna e os personagens de suas obras. As experiências, o circo-teatro, a magia, a astúcia, o sotaque, o grande amor, os medos e frustrações. Todo o universo popular vivenciado e criado pelo escritor morto em julho do ano passado está no espetáculo “Romanceiro popular – Uma homenagem a Ariano Suassuna”.
Uma história sobre a força da amizade, do amor e da arte estrelada hoje pela Cia. Entreato às 20h no Sesc Nova Iguaçu.
Ingressos a venda na bilheteria do Sesc a R$2,00 para associados Sesc, R$4,00 a meia entrada e R$8,00 valor integral. O Sesc Nova Iguaçu fica na Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá – Nova Iguaçu. Mais informações pelo telefone (21) 2797-3001. Classificação 12 anos.

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