Arinos – 30/05

Desembargadores recebem até R$ 86.406. Merrecas, não é mesmo?
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Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado constatou que 17 desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro receberam irregularmente salários acima do limite previsto pela Constituição Federal. A auditoria foi realizada sobre as remunerações de 2013. Na época, o teto constitucional era de R$ 28 mil. Significa que, pela lei, nenhum servidor público pode receber mais do que esse valor. Quatro juízes, no entanto, ganharam acima de R$ 70 mil mensais. Outros 13 receberam entre R$ 50 mil e R$ 69 mil. A maior remuneração identificada pelos auditores foi de R$ 86.406,11. Segundo a auditoria, os salários dos juízes superam o teto porque recebem adicionais nomeados como “indenizações”, mas que não se caracterizam como tal. São gratificações por substituição, acumulação de funções e verbas mensais pelo exercício de cargos de direção, cujo adicional pode chegar a 15% do salário.O custo da medida é estimado em R$ 130 milhões anuais, que serão pagos pelo Fundo Especial do Tribunal, composto pelos pagamentos das custas processuais. Com o sucesso da votação do projeto feito pela presidência do TJ-RJ e votado com urgência pelos deputados da Alerj, os magistrados do Rio serão os primeiros da Região Sudeste a ganhar este benefício.
Apenas três dos 70 deputados votaram contra a proposta: Eliomar Coelho, Flávio Serafini e Dr Julianelli, todos do Psol. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, o pagamento do auxílio-educação não está previsto na Lei Orgânica da Magistratura.
Estado do Rio é reprovado em ranking de transparência
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O estado do Rio ficou reprovado no ranking de transparência do Ministério Público Federal. A média das notas dos 92 municípios é de apenas 2,75 (a nota máxima é 10).
O quadro é vergonhoso: mais de 25% das cidades tiveram nota entre 0 e 1. Empatados em primeiro lugar, Niterói e Queimados tiraram 7,6. No fim da lista, Aperibé, São Sebastião do Alto e Tanguá amargaram notas zero. A capital ficou em quinto lugar, com 6,5. Comandada pelo presidente estadual do PT, Washington Quaquá, Maricá está na 88ª posição. A cidade do poderoso petista levou nota vermelha: 0,2. Queimados é um caso de superação. Após ficar em quinto lugar no ranking de transparência da Baixada Fluminense, o prefeito Max Lemos (PMDB) deu um puxão de orelha nos servidores e conseguiu subir para o topo da escala. O ranking do MPF avalia os portais e ferramentas de comunicação usadas pelas prefeituras do estado. A análise é feita com base na Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/11), na Lei da Transparência (Lei Complementar nº 131/2009) e no Decreto 7.185/10. Essa não é a primeira vez que o Rio faz feio quando a matéria é transparência. Entre os 27 estados do país, ele ficou em 21º lugar na Escala Brasil Transparente, da Controladoria-Geral da União (CGU). Enquanto a nota do Rio foi 3,33, São Paulo e Ceará tiraram 10.
Deputados aprovam auxílio educação para magistrados e servidores do Tribunal de Justiça
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Os deputados aprovaram, nesta terça-feira (26), o projeto de lei que cria o auxílio-educação para magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Rio.
A lei garante um ganho extra de R$ 953,47 mensais por filho (entre 8 e 24 anos). O limite é de três benefícios (até R$ 2.860). Só a bancada do PSOL se manifestou contra parte da medida. Eles propuseram uma emenda que concedia o auxílio apenas aos servidores, e não aos juízes e desembargadores. O texto foi derrotado por 47 votos a 6. O custo da gracinha, que deve atingir R$ 130 milhões em 2016, será pago pelo Fundo Especial do Tribunal de Justiça, que é formado pelo pagamento de taxas e custas judiciais pagas por quem vai ao Fórum buscar Justiça – ou seja, por nós, cidadãos do Rio de Janeiro.Caras de pau.

Conheça cinco tipos de chefe e saiba lidar com cada um deles
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Existem vários tipos de chefe e, nem sempre, é fácil saber como deve ser o comportamento com cada um deles. Em muitos casos, os problemas com os superiores hierárquicos deixam a rotina mais estressante, além de atrapalharem a carreira profissional de muitos funcionários.
A diretora de recursos humanos e coach corporativa da empresa Mira, Fátima Mangueira, lembra que, independentemente do comportamento e estilo de gestão do chefe, o funcionário deve seguir algumas regras básicas de conduta:
— Não fale mal dele para ninguém e evite que ele saiba das críticas por outras pessoas.
Fátima acrescenta que é importante manter uma convivência saudável com o líder da equipe e saber escolher o melhor momento para cada diálogo, principalmente se for se defender de críticas:
— Não desautorize o seu chefe perante outros colegas, superiores ou subordinados. Se algo tem que ser dito ou ajustado, faça isso em particular.
De acordo com o gestor de carreiras e projetos da empresa Top Quality, Giovani Falcão, os estudos e a observação na área de recursos humanos mostram a existência de cinco perfis muito comuns de chefes: exigente, permissivo, paternalista, autocrático e democrático. De acordo com ele, esse último estilo é o mais adequado para líderes de equipes:
— Ele conquista o respeito por seus exemplos e é dono de virtudes distintas que o ajudam a encarar os desafios de forma otimista e criativa. É aquele que motiva o grupo na construção dos objetivos finais. Esse chefe é capaz de ensinar e inspirar, sem perder o foco e o controle.
Confira as características e dicas dos especialistas sobre como lidar com cada um deles:

CHEFE EXIGENTE OU INCOERENTE
Características:
– Não conhece a equipe
– Não tem noções de gestão
– Estabelece prazos pequenos para as tarefas
Como lidar:
– Procure conversar sobre as questões dos prazos estabelecidos
– Tente informá-lo das tarefas que concluiu. Muitas vezes, ele pode não perceber que está sobrecarregando o funcionário, já que não sabe exatamente quais as obrigações de cada um.

CHEFE PERMISSIVO
Características:
– Em um primeiro momento, parece simpático e dinâmico, ao deixar que as coisas aconteçam “naturalmente”
– No entanto, a falta de gestão pode atrapalhar os planos da empresa e impede que a organização alcance seus objetivos.
– Ao não conseguir atingir os resultados esperados, costuma culpar os funcionários e até demiti-los
Como lidar:
– Independente das cobranças, seja exigente com o seu próprio trabalho
– Cumpra os prazos e horários combinados

CHEFE PATERNALISTA
Características:
– Assume todas as funções, ou seja, não sabe delegar tarefas
– Apesar do jeito amigável e de ser querido pelos funcionários, esse tipo de chefe possui uma maior necessidade de estar com tudo sob seu próprio controle
– Sendo assim, não sabe reconhecer o talento em funcionários e dificilmente permite a promoção dos empregados
Como lidar:
– Procure assumir novas tarefas e obrigações no dia a dia
– Novamente, independente das cobranças, seja exigente com o seu próprio trabalho

CHEFE AUTOCRÁTICO
Características:
– Toma sozinho todas as decisões e não sabe trabalhar em grupo
– Costuma oprimir os subordinados e criar um ambiente de trabalho desconfortável
– Os funcionários têm medo dele e não conseguem manter diálogos
Como lidar:
– Mostre seus pontos positivos
– Procure soluções inovadoras, pois ele costuma reconhecer os funcionários que se destacam em um determinado grupo

CHEFE DEMOCRÁTICO OU LIBERAL
Características:
– As decisões são discutidas em grupo, sempre obedecendo os princípios e prazos da organização
– Consegue motivar o grupo e inspirar os funcionários
– Sabe delegar as funções corretamente
Como lidar:
– É o melhor tipo de chefe para lidar, pois costuma reconhecer os talentos e aceitar as fraquezas dos subordinados
– Aproveite a possibilidade de diálogo para saber o que o chefe e a organização esperam de você e podem apoiar seu desenvolvimento profissional
Guarda Municipal do Rio pode multar veículos dentro de shoppings
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Motoristas que estacionam em vagas destinadas a idosos e a pessoas com deficiência em shopping centers do Rio acreditando que não podem ser multados dentro dos estabelecimentos estão errados. Uma resolução da Secretaria municipal de Transportes (SMTR) e a Lei estadual 6.642, de 2013, determinam que os agentes de trânsito municipal devem autuar veículos que ocupem esse tipo de vaga irregularmente.
Desde a semana passada, a foto de um guarda municipal multando um veículo que ocupava uma vaga restrita no estacionamento do Shopping Bangu tem sido compartilhada por internautas, que criticam a postura do agente. O carro, um EcoSport, tem um adesivo azul, cujo símbolo atesta que o veículo pertence a uma pessoa com deficiência. Mas a Autorização Especial de Estacionamento, emitida pela SMTR, não estava no parabrisa.
Proprietário do automóvel, Carlos Alberto da Cruz, de 51 anos, tem a licença, mas diz que não deixou o documento no carro por dois motivos: segundo ele, o shopping dá isenção de estacionamento a pessoas com deficiência, mas, para isso, é necessária a apresentação da licença no guichê de pagamento. Ele também não sabia que poderia ser multado dentro de um shopping center.
“Parei o carro na vaga destina a deficiente e levei a licença para não pagar o estacionamento. Quando voltei, me surpreendi com o informe de que meu carro havia sido multado”, contou o motorista, que espera ser notificado da infração para recorrer e apresentar a documentação.
Morador de Padre Miguel, Carlos Alberto diz que perdeu parte do movimento da perna esquerda num acidente de carro, em 1997:
“Não tenho força para acionar a marcha. Meu carro não é adaptado, mas é automático.”
Procurada, a Guarda Municipal informou que o agente agiu corretamente. Em nota, declarou que “o decreto determina que os veículos que utilizam as vagas específicas em locais de uso público ou coletivo devem, obrigatoriamente, portar cartão de identificação confeccionado e fornecido pelos órgãos de trânsito”. Afirmou, ainda, que um veículo em vaga destinada a pessoas com deficiência sem a licença está sujeito a ser multado, mesmo se tiver o adesivo.

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