Bola Cheia
Quem chuta é o prefeito de Mangaratiba, Aarão de Moura. Ele implementou projeto de austeridade na cidade sem prejudicar seus funcionários. O gasto com pessoal da prefeitura reduzirá na ordem de 6,21% neste 2017. Em relação à adequação a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Comp. nº 101, de 4/5/2000), a folha salarial foi reduzida de 49,06 % para 42,65% dos gastos do município. Merece aplausos.
Bola Murcha
“Isso aqui está parecendo um queijo suíço”. A frase foi dita por uma senhora, na manhã de ontem, enquanto andava pelo centro comercial de Comendador Soares e se esquivava dos buracos nas calçadas. Dona Vergínia, de 65 anos, mostrou que está ligada na vida do bairro. “Já tivemos três vereadores, caiu para dois e, agora, restou um. Eles diminuíram, mas os buracos aumentaram”, reclamou.
Mangaratiba respeita direito do servidor
Para deixar as contas em dia e garantir a prestação dos serviços públicos oferecidos à população de Mangaratiba, o prefeito da cidade, Aarão de Moura Brito Neto, anunciou esta semana a primeira medida de austeridade: a proposta de lei de nova estrutura administrativa. Com o projeto, votado ontem (18) na câmara dos vereadores, as atuais 19 secretarias passarão a ser 17, inclusas a Procuradoria Geral e a Controladoria Geral do município. Além disso, a proposta contempla a redução de 1.290 cargos de confiança, gerando a economia de cerca de R$ 17 milhões por ano em relação aos gastos com pessoal da administração anterior. Com a crise que afeta todas as esferas do país, os repasses e a arrecadação das prefeituras acabaram sofrendo quedas e isso exigiu dos prefeitos medidas de contenção de gastos para equilibrar as contas municipais.
Segundo Aarão, a reorganização da estrutura administrativa dará mais eficiência aos setores, e o que é importante destacar, não afetará os direitos dos servidores de carreira que terão mantidas a contagem de prazo para a incorporação do valor de suas funções gratificadas e seus abonos concedidos. Tudo na forma da lei.
Tucano fala no Face
No último sábado, um dos candidatos derrotados a prefeito de Nova Iguaçu, Delegado Carlos Augusto, do PSDB, resolveu ‘abrir o coração’ no Facebook. Os trechos principais: “Todos os candidatos que concorreram ao cargo de Prefeito de Nova Iguaçu (e acredito que de todas as cidades), sabiam que os pagamentos das prefeituras estavam muito atrasados (principalmente o salário do funcionalismo público). Isso, inclusive, foi motivo de “batermos” na gestão do prefeito Nelson Bornier durante toda a campanha eleitoral. Não podemos alegar desconhecimento dos atrasados, pois está nos debates e em todos os programas de TV dos candidatos. É fato, ou seja, todos sabíamos da gravidade. Era público e notório…”.
Prometer é cumprir
“…Pois bem. Eu, na qualidade de cidadão e humildemente falando, gostei quando o prefeito eleito disse em seu discurso que se esforçaria para pagar as pessoas. Qualquer um de nós, é bom registrar, TERIA O MESMO PROBLEMA do atual Prefeito. Todos sofreríamos demais com isso. Mas, repito, eu gostei. Ocorre que o problema dos atrasados pegaria a todos nós candidatos, e isso já foi dito, mas a FORMA DE ENFRENTÁ-LOS, aí sim, seria diferente para cada um que entrasse na Prefeitura…”.
Calendário
Continua o tucano: “A grande questão é a FORMA DE SE LIDAR COM OS PROBLEMAS. Administrar sem dinheiro é pra poucos (e isso, com todo o respeito, estamos bem acostumados na polícia). Administrar sem dinheiro é “exercer liderança”. Eu se eleito fosse, por exemplo, faria o seguinte: Já teria divulgado um calendário de datas de pagamentos (mesmo que com datas futuras e não no quinto dia útil – paciência e eu faria o máximo que desse. Faria de tudo mesmo). Eu jamais ficaria perdendo tempo com as supostas mazelas do meu antecessor e tentaria focar só no problema dos débitos (isso ficaria a cargo das autoridades)”.
Gestão responsável, apesar da crise
Na avaliação do prefeito de Mangaratiba, Aarão de Moura Brito Neto, o enxugamento da estrutura administrativa de sua cidade não vai afetar a qualidade dos serviços oferecidos. “Atualmente, uma nova estrutura de gestão passa a contar com menos secretarias e mais resultados. O Brasil enfrenta a maior crise de sua história, e em Mangaratiba a situação que encontramos é lamentável. Boa parte dos serviços interrompidos, fornecedores sem receber, prédios públicos e equipamentos em estado lastimável e uma folha de pagamento inchada. Para garantirmos os investimentos básicos e atender os anseios da população precisamos agir rápido. Para começarmos propomos em projeto de lei a redução das secretarias e dos cargos comissionados. Vamos ser muito responsáveis e buscar a eficiência na gestão e aplicação dos recursos públicos”, comentou Aarão.
Segue o Delegado
Carlos Augusto
“Passaria rapidamente a negociar os salários atrasados (as pessoas estão sofrendo sem os seus pagamentos e ainda mais com as respectivas indefinições).
Chamaria representantes de cada classe e daria transparência diária nas contas públicas, visando que os mesmos constatassem “o real que entra, e o real que sai. Tal medida evitaria divulgações de informações duvidosas. Todos estaríamos juntos e não haveria o risco de alguém se achar preterido ou enganado”.
Pessoas querem empenho
“Antes de entrar, por questões óbvias, aceleraria estudos técnicos visando assumir com propostas e soluções (mesmo que controversas). Mas já chegaria falando alguma coisa! As pessoas querem ouvir, querem empenho. Não esperaria entrar pra ver. 06- Não fecharia porta de Prefeitura nenhuma e deixaria o imposto entrar, visando assim, pagar as pessoas os mais breve possível. O dinheiro deve entrar nos cofres públicos o mais breve possível. Só nomearia novos comissionados quando pagasse o devido, visando dar legitimidade a futura gestão. Como vou colocar gente “pra dentro” se ainda não paguei o que devo?”
Quem tem fome…
“Lembrando, por fim, que pessoas não estão sendo pagas e que em razão disso todo cuidado é pouco, pois “quem tem fome, tem pressa”. E é aí que mora o perigo, pois ninguém mais terá paciência com descasos e promessas não cumpridas de campanhas. Colocar para os funcionários que eu respeitaria todos os direitos adquiridos, fornecendo, assim, estabilidade nas relações já postas. As pessoas confiaram nas minhas palavras e decisões”.