
Fotos: Clarice Castro
Com a volta às aulas, milhares de alunos das redes estadual e municipal de ensino do Rio de Janeiro têm cada vez mais acesso a alimentos produzidos de forma sustentável na merenda de suas escolas, contribuindo para a formação de hábitos alimentares saudáveis. Através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), produtos da agricultura familiar fluminense chegam diretamente do campo para o cardápio dos estudantes.
Desde 2009, a lei 11.947 determina que no mínimo 30% do valor repassado aos estados e municípios pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o PNAE seja utilizado na compra de alimentos diretamente do agricultor familiar. No Rio, em 16 dos 92 municípios fluminenses, o percentual mínimo obrigatório já foi superado, demonstrando a valorização da produção local do segmento. Dados da Secretaria de Educação mostram que 960 escolas das 1.237 da rede estadual já incluem esses produtos no cardápio.
Extensionistas da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), da Secretaria de Agricultura, assessoram os beneficiários do programa Rio Rural. O resultado é o aumento da participação nas chamadas públicas em seus municípios, garantindo renda fixa mensal às famílias e a ampliação da comercialização de seus produtos.
Em Nova Friburgo, as irmãs Marilza, Silvânea e Helena Medeiros, do Sítio Santo Antônio, passaram a fornecer alimentos para a merenda escolar através da Associação de Produtores de Salinas. As agricultoras receberam incentivos do Rio Rural Emergencial e adotam práticas de adubação verde.
“Essas práticas garantem produtos de qualidade e mais saudáveis. Vendemos o que produzimos para o PNAE, além da Ceasa de Irajá, no Rio”, explicou Silvânea.