Prejuízo com vandalismo no BRT chega a R$500 mil nos primeiros dois meses do ano

O BRT Rio teve, nos quatro dias de folia, nove articulados e três estações depredados
Fotos: Internet

O que deveria ser só alegria terminou em prejuízo. O Carnaval acabou, mas o saldo de destruição vai demorar a ser recuperado. O BRT Rio teve, nos quatro dias de folia, nove articulados e três estações depredados. Os gastos para o conserto, somados aos valores investidos em janeiro e fevereiro para reparar outros estragos provocados por vandalismo, chegam a R$ 500 mil.
O segundo dia de Carnaval (26/02) começou com seis articulados do BRT Rio vandalizados. Entre 1h e 3h, quatro articulados chegaram ao Terminal Haroldo Melodia, no Fundão, com avarias e foram retirados de circulação. Na mesma madrugada, por volta das 4h, dois carros que haviam chegado nos terminais Alvorada e Santa Cruz, respectivamente, precisaram ser retirados de circulação.
Na madrugada de domingo para segunda-feira (27/02), dois ônibus do BRT Rio foram recolhidos quando chegaram ao Terminal Alvorada. Os carros estavam com as portas quebradas. Na noite deste mesmo dia, por volta de 23h30, outro articulado saiu de operação por problema idêntico.
As estações também sofreram com vandalismo. Na madrugada de domingo (26/02), na Salvador Allende, duas portas, que haviam sido totalmente recuperadas há cerca de dez dias, foram quebradas por indivíduos que se envolveram em uma briga e agrediram um motorista. Um pouco mais cedo, nesta mesma madrugada, a câmera do corredor que liga os módulos Expresso e Parador na estação Madureira-Manacéia foi depredada por um jovem. O rapaz, que estava com um grupo de foliões fantasiados, usou o cabo de um estandarte para destruir o equipamento.
No início da madrugada de segunda-feira (27/02), a estação Pedro Taques também não escapou da ação de vândalos. Com um pedaço de madeira, um homem bateu na câmera de monitoramento até tirá-la de operação.
Apesar do cenário de destruição, os números de vandalismo são menores, se comparados aos do ano passado. Em 2016, doze estações foram depredadas. Ainda assim, os valores são altos e representam um custo desnecessário para os passageiros e o Consórcio Operacional.
A diretora de Relações Institucionais do BRT Rio, Suzy Balloussier, acredita que a redução das ações de vandalismo seja resultado da intensa campanha feita nas redes sociais. “Estamos conscientizando a população sobre a importância do BRT, afinal o sistema é um bem público e, portanto, pertence a ele, cidadão. Também não podemos esquecer que este ano completamos dois anos do projeto social que desenvolvemos na região de Santa Cruz, que costumava ser a área mais crítica em depredação. Estamos expandindo essas atividades sociais para outras regiões atendidas pelo BRT. Ou seja, é preciso o apoio das autoridades públicas, mas essas ações têm que ter uma contrapartida social”, afirmou ela.

error: Conteúdo protegido !!