Temer: reforma da Previdência é essencial para o País não se igualar ao Rio

Em entrevista a um programa de rádio, presidente falou sobre reforma da Previdência e descartou proximidade com Cunha
Foto: Beto Barata/PR

Em entrevista a um programa de rádio, o presidente Michel Temer (PMDB) reforçou a necessidade de o Congresso Nacional aprovar na íntegra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que institui a reforma da Previdência. O texto está sendo analisado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados, onde deverá ser votado até abril.
Durante a entrevista, concedida à Rádio CBN , Temer reforçou que a reforma da Previdência é fundamental para que o País possa regularizar as contas públicas e “não se transforme [fique com situação semelhante] em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais”, que estão com “enormes dificuldades” no orçamento previdenciário.
“O Brasil não pode, daqui a quatro, cinco anos, transformar-se numa figura como estão os estados brasileiros”, ressaltou o presidente, cobrando apoio dos parlamentares da base de apoio ao governo federal.
Apesar dos apelos do Planalto, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da PEC sobre a reforma, admitiu na quinta-feira (9) que o texto pode sofrer alterações no Congresso. Entre os pontos citados como passíveis de serem alterados estão as regras de transição, as aposentadorias especiais e rurais e o trecho que trata do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Temer disse ainda que deseja ser lembrado na história pelas reformas que planeja promover. “Se eu chegar ao fim do governo nessas condições (aprovação das reformas e recuperação econômica), e tenho quase que absoluta certeza que chegarei, a única coisa que quero é ser reconhecido pela história. Quero ser recordado pelo serviço que faço ao meu país, e ser reconhecido como quem prestou um serviço pelo país.”
>> Eduardo Cunha – Ainda durante o programa de rádio, o presidente garantiu que, ao contrário das críticas feitas pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, não tem “influência nenhuma” no governo.

“Absolutamente não existe influência. Imagine se o Eduardo Cunha, que está distante, pode influenciar alguma coisa aqui? Não tem influência nenhuma”, respondeu. Segundo ele, Renan, que comandou o Senado até fevereiro deste ano, tem dialogado permanentemente com o governo. “Tenho certeza de que ele vai continuar nos ajudando. Vai nos ajudar na aprovação das reformas. Tenho certeza que nossa relação vai continuar sólida”, disse.
Além de falar sobre a reforma da Previdência e sobre a situação de Eduardo Cunha, Temer repetiu promessa de afastar provisoriamente os ministros que forem denunciados por fatos relativos à operação. “A saída temporária será evidentemente sem subsídios”. (*Com informações da Agência Brasil).

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