Orquestra infantil abre inscrições na Maré

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Estão abertas até o dia 30 deste mês as inscrições para a Orquestra Maréimbau, para crianças de 7 a 14 anos de idade moradoras no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. São oferecidas 40 vagas para aprender a tocar violino, violoncelo, flauta, clarinete e instrumentos de percussão, em aulas gratuitas, dadas pelo maestro Ricardo Mirapalheta, idealizador do projeto e fundador da organização não governamental (ONG) Instituto Staumbor, ambos criados em 2007.
Segundo o maestro, trata-se de um trabalho multiplicador, de inclusão social. Nesses 10 anos, recorda Mirapalheta, alunos que começaram a aprender música aos 7 ou 8 anos de idade permaneceram estudando com intenção de fazer carreira artística.
Mirapalheta começou a atuar no Complexo da Maré organizando cafés culturais em conjunto com a associação de moradores, arregimentando, na comunidade, crianças interessadas. Ele trabalha para que a orquestra, um dia, chegue ao nível profissional.
Apesar de o projeto ter o patrocínio de três empresas privadas (Concessionária Lamsa, Linha Amarela e Instituto Invepar), Mirapalheta diz que existem dificuldades para continuar o trabalho. “O talento das crianças fortalece a orquestra”, diz o maestro, que vem formando duos, quartetos e quintetos de músicos infantis.
O balanço dos 10 anos de existência mostra que a orquestra ganhou credibilidade na comunidade, que assiste a apresentações periódicas dos pequenos músicos no Morro do Timbau. Segundo o maestro, esses concertos didáticos servem não só para as famílias das crianças conhecerem e valorizarem o projeto mas, principalmente, para estimular a criação de um movimento cultural na comunidade, “até de pacificação”.

 

Socialização é principal objetivo

As aulas ocorrem às terças e quintas-feiras, a partir das 14h30, no Instituto Staumbor, em Bonsucesso, onde os interessados podem se inscrever. A orquestra faz parte agora do projeto Eco Fonia, da ONG, que busca integrar o estudo da música e da ecologia, baseado na harmonia e na estética dos valores naturais.
“A ecologia humana já se desdobra em uma contemplação bem maior”, comenta Mirapalheta. O aprimoramento dos alunos da orquestra será facilitado com a criação da Camerata Eco Fonia, que funcionará em espaço cedido pelo Clube Ginástico Português, no centro da cidade.
“Desenvolver um trabalho com crianças, envolvendo os lados disciplinar de comportamento e educação, para depois entrar o lado artístico e ter o fino trato, é um trabalho extensivo, de continuidade, que transforma realmente e ensina a ter o gesto musical”, diz o maestro. Por meio de livros que leva às aulas, ele tenta transmitir às crianças a importância da arte e do desenvolvimento do raciocínio, baseado em conhecimentos diversos.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest
Pocket
WhatsApp

Nunca perca nenhuma notícia importante. Assine nosso boletim informativo.

Publicidades

error: Conteúdo protegido!