Segurança em Foco, por Vinicius Cavalcante

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Segurança Eletrônica (1ª parte)
A segurança numa residência (ou mesmo em outra instalação qualquer) deverá compreender vários obstáculos sucessivos à penetração a partir do exterior, num raio de 360º. Qual a possibilidade dos criminosos chegarem até você sem serem detectados? Poderiam galgar o muro? Vir pelo telhado, a partir das casas vizinhas? Eles poderiam escalar a fachada e entrar por uma janela dos andares superiores? Eles conseguiriam penetrar no seu quintal sem serem percebidos e aguardar pacientemente até que você, desavisado, lhes abrisse a porta? Embora não exista segurança perfeita nosso objetivo é sempre o de dificultar ao máximo a tarefas daqueles que pretendam intentar contra nós. Não podemos esquecer que a segurança é obtida a partir da aplicação de um conjunto de medidas e não de apenas um único recurso de proteção.
A melhor maneira de desencorajar um eventual agressor é conjugar várias medidas de segurança: um muro alto, arame, eletrificação, alarmes, cães, câmeras, treinamento dos funcionários, o estabelecimento e o cumprimento de bons procedimentos de segurança, etc. Segurança eletrônica é sempre uma boa opção, mesmo sabendo que ela não substitui o profissional de segurança em todas as situações. A seleção de todo um leque de equipamentos é algo bastante delicado e não poderíamos ter a pretensão de explicá-la aqui. Hoje dispomos de equipamentos que permitem detectar desde a abertura de portas e janelas, à fumaça de um princípio de incêndio e à presença de intrusos em áreas restritas. Câmeras de TV estão cada vez menores e podem inclusive ser camufladas no interior de objetos aparentemente inocentes ou insuspeitáveis.
O antigo videocassete VHS foi substituído com vantagens pela CPU do microcomputador e depois por um gravador digital (DVR) de pequenas dimensões e de custo bastante acessível. Conectado ao micro ou ao gravador DVR se pode registrar simultaneamente as imagens de diversas câmeras de circuito fechado de televisão, gravando-as sem perda de qualidade no HD, sobrepondo automaticamente as imagens novas às antigas depois de um período de 30 dias. Atualmente podemos até monitorar câmeras de circuito fechado de televisão a partir de uma conexão de internet que, conectada ao nosso celular, nos permite monitorar nossa residência, escritório ou loja 24h/dia. .
Num condomínio, o circuito fechado de televisão favorece a segurança contra agressões vindas de fora como também auxilia a disciplinar os moradores, filmando sobretudo as transgressões ao regulamento interno e proporcionando o meio de prova para a aplicação das multas. Embora o desembolso com o equipamento (com sua instalação, várias câmeras, cabeamento, fontes etc) costume ser grande, a experiência demonstra que tal recurso proporciona um freio nas ações de vandalismo e se paga com as multas cujo montante ajuda a arrecadar. Uma vez se decidindo por um sistema de gravação de imagem para o CFTV, tenha em mente de que o mesmo não deve estar posicionado em local onde o criminoso lhe possa acessar com facilidade. Já virou piada a história de assaltos a edifícios e estabelecimentos comerciais onde os bandidos, após fazerem uma verdadeira limpa nos valores, exigem que lhes seja dada a fita de vídeo onde as suas imagens estão gravadas ou subtraem a própria CPU de gravação.
O porteiro ou a pessoa que venha a ser coagida não pode ter acesso ao local onde fica o equipamento de gravação de vídeo. O ideal é que a localização de tais equipamentos seja mantida em sigilo e que os mesmos sejam guardados em local seguro. Um recurso barato e que sempre pode ser explorado é a instalação de câmeras falsas.
Utilizando suportes ou abrigos em forma de domos (absolutamente idênticos aos empregados nas câmeras reais) bem como contando com cabos visíveis, que corroborem na dissimulação, as câmeras falsas auxiliam na prevenção de intrusões bem como a coibir atos de vandalismo e pequenos furtos. Devem ser empregadas juntamente com câmeras que funcionem, auxiliando a disseminar a ideia de que todas as áreas de um determinado local estariam realmente cobertas por uma ampla rede de circuito fechado de televisão. Como todo recurso de proteção, sua adoção deve ser cercada de um necessário sigilo, pois tal equipamento só se mantém efetivo na medida em que todos crêem que ele funcione de verdade. Mais do que em outros casos, neste o segredo é toda a alma do negócio.
Um recurso complementar interessante consiste em espalhar placas indicativas de que há um sistema de circuito fechado de televisão em uso e que haja gravação daquelas imagens, sendo executadas para propósitos de segurança num ponto remoto, fora do local.

VINICIUS DOMINGUES CAVALCANTE, CPP, o autor, Consultor em Segurança, Diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança – ABSEG – no Rio de Janeiro e membro do Conselho Empresarial de Segurança Pública da Associação Comercial do Rio de Janeiro. E-mail: vdcsecurity@hotmail.com

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