Mais dois policiais militares são mortos na Baixada Fluminense

O soldado Eli Barbosa Santos, de 37 anos, foi morto a tiros na comunidade Santa Amélia, em Engenheiro Pedreira, em Japeri

Dois policiais militares foram mortos a tiros em menos de 72 horas na Baixada Fluminense. Os crimes aconteceram em Japeri e Duque de Caxias. O caso mais recente foi na Linha Vermelha, onde um soldado lotado em uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Vidigal, na Zona Sul do Rio, foi assassinado quando passava de moto na via, na altura de Duque de Caxias. Com ele, já são 40 PMs mortos em menos de três meses de 2017. Em 79 dias, já são 88 policiais baleados no estado do Rio.
O policial morto em Caxias, identificado como Samuel Oliveira da Silva, ainda foi socorrido em estado gravíssimo pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo informações, os militares foram acionados para socorrer uma vítima de acidente, mas encontraram o PM baleado com pelo menos quatro disparos na cabeça, tórax e braço.
Segundo o delegado Giniton Lages, titular da especializada, ainda não se sabe a motivação do crime. “Foi instaurado um Inquérito Policial e equipes vão priorizar diligências hoje (ontem)”, afirmou.
Na noite deste domingo, o soldado Eli Barbosa Santos, de 37 anos, foi morto a tiros na comunidade Santa Amélia, em Engenheiro Pedreira, em Japeri. De acordo com a corporação, o soldado Eli Barbosa Santos foi buscar sua mulher, que visitava parentes na favela, quando foi reconhecido como PM. A vítima foi atacada por homens armados e morreu no local. Os criminosos seriam da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
O policial, que tinha 5 anos na corporação trabalhou primeiramente no 24º BPM (Queimados) e estava há apenas uma semana no 20º BPM (Mesquita). Eli era casado e deixou dois filhos, uma menina de 15 anos e um menino de 2. Segundo um primo da vítima, ao chegar à comunidade, ele notou que o pneu de seu veículo estava furado. Ao abrir o porta-malas para pegar um outro pneu, ele foi surpreendido por homens que dispararam várias vezes. Seis tiros atingiram a vítima e acertaram principalmente na cabeça. Segundo o delegado, Leandro, que investiga o caso, ele já havia sofrido ameaças de morte quando servia no batalhão de Queimados.
O primo da vítima questionou: “Cadê os Direitos Humanos que até agora não nos procurou? Se fosse ao contrário, se ele tivesse matado um bandido, com certeza os Direitos Humanos já estaria cobrando uma atitude da secretaria de Segurança. Infelizmente, ele é só mais um policial que entra para a estatística de mortos no estado”, lamentou.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) vai apurar a denúncia que afirma que os traficantes descobrir que ele era policial e ficaram monitorando até o horário em que ele retornou. A arma do PM foi roubada.
No sábado, o sargento Luiz Carlos Sampaio Silva Mendes foi morto no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. Segundo testemunhas, ele teria reagido a uma tentativa de assalto entre as ruas Ana Leonidia e Adolfo Bergamini. No entanto, a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) ainda está investigando o caso.

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