Países da OEA querem mediar crise na Venezuela

O governo da Venezuela está diante de uma maioria de países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) determinada a encontrar “soluções diplomáticas” para mediar a crise política e social do país, apesar da rejeição do governo do presidente Nicolás Maduro. As informações são da Agência EFE.

Durante uma sessão extraordinária do Conselho Permanente, convocada a pedido de 18 países para debater a crise venezuelana, vinte países dos 34 membros ativos da OEA (Cuba não participa desde 1962) assinaram nesta terça-feira (28) uma declaração conjunta na qual se comprometem a elaborar um roteiro “no menor prazo possível” para “apoiar o funcionamento da democracia e o respeito ao Estado de Direito” na Venezuela.

O texto, ao qual a Agência EFE teve acesso, tem apenas três pontos e não inclui as reivindicações de fixar um calendário eleitoral, libertar “presos políticos” e respeitar as decisões da Assembleia Nacional da Venezuela – cuja maioria faz oposição ao governo de Maduro. Esses itens, no entanto, estão em declaração conjunta assinada por 14 países, divulgada na quinta-feira (23) passada e que não foi votada hoje.

A esses 14 países – Brasil, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai – se somaram no texto de hoje Jamaica, Santa Lúcia, Barbados, Bahamas, Belize e Guiana, que permitiram em uma votação anterior que essa sessão fosse realizada, apesar da oposição da Venezuela.

O texto dos 20 não foi submetido à votação na reunião de hoje porque é apenas o alicerce de uma resolução mais concreta que estará pronta nos próximos dias e que, se for aprovada, estabelecerá um mecanismo para acompanhar a evolução da crise na Venezuela.

A situação foi explicada aos jornalistas pelo embaixador mexicano na OEA, Luis Alfonso de Alba, a quem foi atribuída a liderança do grupo de países “preocupados” com a Venezuela, que passaram de 14 a 20 em poucos dias.

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