Hospital da Posse é luta de todos, alerta Lisboa

Audiência pública reuniu cerca de 400 pessoas e debateu a importância do Hospital da Posse para a Baixada
Alziro Xavier/PMNI

“Esta é não é a luta de uma gestão, de um partido, de um prefeito. É a luta da população, que não aceita mais ser tratada de forma diferente como tratam a saúde na capital”, foi com estas palavras que o prefeito de Nova Iguaçu, Rogerio Lisboa convocou toda a população a abraçar a luta por melhores condições no atendimento do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse).
Em audiência pública promovida pela prefeitura de Nova Iguaçu na noite de terça-feira (28), no Centro de Formação de Líderes da Diocese de Nova Iguaçu, no bairro de Moquetá, Lisboa lembrou que a capital do estado conta com 17 emergências para atender 6 milhões de habitantes, enquanto a Baixada Fluminense tem apenas três emergências para quase 4 milhões de pessoas. “Sem falar da diferença no investimento. Temos que dar um basta nisso. Se for preciso, faremos uma caravana até Brasília”, afirmou o prefeito durante o encontro que reuniu cerca de 400 pessoas.
No próximo dia 12 de abril está marcada uma grande ação popular com representantes da sociedade civil em prol do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse). A organização do ato, com local ainda a ser definido, foi acordada durante a audiência e é mais uma tentativa do Governo Municipal de sensibilizar o Ministério da Saúde na atualização dos repasses para unidade – atualmente o hospital recebe R$ 6,3 milhões, enquanto o ideal para mantê-lo seria de R$ 14 milhões.

Responsabilidade dividida

Durante a audiência pública ficou acordado também a criação de um documento com assinatura de todas as instituições que apoiam a luta pelo Hospital da Posse. Para o secretário municipal de Saúde, Hildoberto Carneiro, o problema do Hospital da Posse também é de responsabilidade dos outros municípios.
“É preciso que os municípios ao redor entendam que o problema também é deles. Cerca de 45% dos atendimentos são de fora. O hospital está funcionando muito acima da capacidade e Nova Iguaçu paga a conta praticamente sozinho”, diz o secretário.
O diretor geral do Hospital da Posse, Joé Sestello, enfatizou que o hospital, por ser a maior emergência da região, é referência para atendimentos feitos em via pública pelo Samu ou Corpo de Bombeiros.
“Mesmo que se tenha o melhor plano de saúde, quando ocorre um acidente ou a pessoa é vítima de violência é em uma unidade pública de saúde que será dado o primeiro atendimento emergencial. Ou seja, o Hospital da Posse não é apenas para quem depende do SUS”, afirma Sestello.
A audiência pública contou com mais de 400 pessoas, entre elas o bispo de Nova Iguaçu, Dom Luciano Bergamin, o deputado estadual, Luiz Martins, o vice-prefeito da cidade, Carlos Ferreira, representantes do Conselho Regional de Enfermagem, Cruz Vermelha de Nova Iguaçu, sindicato de diversas categorias, Patoral das Crianças e Bíblica, associações de moradores, OAB Nova Iguaçu, Conselho Municipal de Saúde de Nova Iguaçu, além de 89 instituições com representantes de seis municípios da Baixada Fluminense (Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias e Japeri), entre outras autoridades e secretariado de Nova Iguaçu.

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