Ex-prefeito de Nova Iguaçu foi pego pela Lava Jato

Eleito em 1989 pelo PDT, Gama comandou o Palácio das Almas até 1992. Atualmente ele é filiado ao PR de Garotinho

O sexto preso pela Polícia Federal na Operação Quinto do Ouro, braço da Lava-Jato no Rio, na última segunda-feira (29), só teve o nome revelado após as 20 horas do mesmo dia. Trata-se de Aluísio Gama de Souza. Ele foi deputado estadual, deputado federal e secretário de Estado de Agricultura no governo de Leonel Brizola, além de ter sido prefeito de Nova Iguaçu, de 1989 a 1992. Gama é ex-conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Empresário e proprietário das Unidades Educacionais e Faculdades Gama e Souza, Aluizio, que é marido da ex-deputada estadual e ex-prefeita de Nova Iguaçu, Sheila Gama (2010/2012), foi preso junto com outros cinco membros do TCE, incluindo seu atual presidente Aloysio Neves e os conselheiros José Maurício Nolasco, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar (filho do ex-governador e prefeito do Rio Marcello Alencar) e Domingos Brazão. Todos são suspeitos de participação em um esquema de desvio de verbas públicas.
Na carona, a PF conduziu coercitivamente o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), para depor na sede do órgão, no centro do Rio. Picciani foi delatado pelo ex-presidente do TCE, Jonas Lopes, que o apontou como a principal figura na “distribuição dos 15% em propina de contratos com órgãos públicos que os conselheiros do tribunal recebiam”.

Conselheiros grampeados são levados para Bangu 8

O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Aloysio Neves, está em prisão domiciliar, de acordo com informações a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Ele é o único dos conselheiros presos que não foi levado para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, em Bangu 8, onde também está o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.

A Seap não informou se os conselheiros presos em Bangu estão na mesma ala. São eles: Domingos Brazão, vice-presidente do TCE-RJ; José Gomes Graciosa, conselheiro; Marco Antônio Alencar, conselheiro; e José Maurício Nolasco, conselheiro, e Aluísio Gama, ex-conselheiro do TCE. As prisões tem duração de cinco dias e podem ser prorrogadas por mais cinco.
>> Faltou quórum – O TCE-RJ informou que a sessão plenária prevista para acontecer ontem (30) foi “suspensa por falta de quórum”. “A decisão está embasada e prevista na Lei Complementar nº 63/90 e no regimento interno do TCE-RJ, que exigem a presença mínima de quatro conselheiros para a realização das sessões. A Procuradoria-Geral do Tribunal de Contas estuda juridicamente mecanismos legais para o retorno das sessões plenárias”, diz nota.

por Jota Carvalho

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