Vigilâncias passam pente fino em Japeri e Belford Roxo

Vigilância de Japeri encontrou fezes, urina de roedores e até rato morto em avançado estado de decomposição em padaria de Engenheiro Pedreira
Anderson PQD

Em tempos de preocupação com a qualidade do alimento consumido na mesa dos brasileiros, equipes de Vigilância Sanitária das prefeituras de Japeri e Belford Roxo fizeram, esta semana, inspeções em estabelecimentos dos dois municípios. No primeiro, uma padaria foi interditada por falta de higiene e risco à saúde pública. Já no segundo, dois supermercados foram vistoriados e tiveram produtos levados para análise.
A padaria Progresso, localizada na Praça Olavo Bilac, no Centro de Engenheiro Pedreira, em Japeri, foi interditada na quinta-feira. Na inspeção do estabelecimento comercial, os fiscais encontraram barata, fezes e urina de roedores e até rato morto, já em adiantado estado de decomposição.
A Operação Choque de Ordem no comércio envolveu as secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Fazenda. A ação dos fiscais foi voltada para estabelecimentos que trabalham com alimentos, como supermercados, açougues, aviários e bares.
O subsecretário de Vigilância e Saúde, Josélio Abreu Rosa, disse que a situação da padaria Progresso era totalmente desfavorável ao funcionamento.

Secretário Gilson de Souza inspeciona carnes no Supermercado Unidos
Rafael Barreto/PMBR

“A padaria estava em desacordo com as normas da vigilância sanitária. Encontramos banheiros sem condições de uso, área de trabalho com entulhos de obras, paredes sem pintura, fezes de animais espalhadas pelo chão; rato e barata mortos, bandejas onde são feitos os pães fora do padrão de uso, além da falta de documentação necessário para o seu funcionamento”, contou o subsecretário de vigilância.
Josélio Abreu explicou ainda que a Padaria Progresso permanecerá interditada até que todas as irregularidades sejam sanadas. Ela somente poderá voltar a funcionar assim que possuir nova licença de funcionamento expedido pela Vigilância Sanitária.
Os agentes da Prefeitura também fizeram um pente fino em açougues, freezers, câmaras frias e setores de laticínios e hortifrutigranjeiros dos supermercados Novo Mundo, da Praça Olavo Bilac, e Super Market, da Avenida Antônio Francisco Russo, mas não encontraram irregularidades.
“Estamos retomando o trabalho de fiscalização, que não estava sendo feito há um bom tempo. A Operação Choque de Ordem vai se estendida a todo o município, inclusive na periferia. O comércio tem que se adequar às normas da vigilância sanitária, sob pena de sofrer as sanções previstas em lei”, advertiu Josélio Abreu.

Salsichas e carnes expostas

A Vigilância Sanitária de Belford Roxo deu continuidade na sexta-feira (31) à operação “Cortando na Própria Carne”, que recolheu amostras de carne nos mercados Unidos e Supermarket para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels. Os produtos foram embalados e lacrados em recipientes próprios. Na quinta (30), os fiscais visitaram o Extra e o Carrefour.
No Supermercado Unidos, no bairro Wona, os agentes recolheram cerca de sete quilos de coxão duro do frigorífico Rio Maria, do Pará. A carne foi colocada em três embalagens lacradas, sendo que uma ficou no estabelecimento para servir de contraprova. Das duas câmaras frigoríficas do supermercado, uma estava sem o aparelho que faz a leitura da temperatura.
Do Wona, os fiscais seguiram para o bairro Lote XV, onde vistoriaram o  Supermarket. Logo na entrada encontraram a primeira irregularidade: uma banca sem refrigeração com salsichas expostas. O material foi levado para o depósito do estabelecimento. Os fiscais mandaram também recolher para o frigorífico diversos tipos de carne que estavam expostas em uma ilha refrigerada, mas sem um vidro de proteção para evitar que o cliente manuseie o produto sem embalagem. Duas peças de patinho da empresa Friboi (cada uma pesando em média um quilo) foram recolhidas para análise. Uma outra ficou armazenada de contraprova.
Frequentadora assídua do Supermaket, a dona de casa Maria José Carvalho Feitosa, 46 anos, enfatizou que a ação da Vigilância é importante para que o consumidor seja sempre protegido contra qualquer tipo de abuso. “É comum vermos salsichas espalhadas em bancas pelo salão. Além disso, tem ilha de produtos congelados que às vezes não funcionam bem. A Prefeitura deveria fazer essa operação em todos os mercados do município”, finalizou, enquanto observava uma funcionária do Supermarket recolhendo as salsichas do meio do salão.

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