França quer reunião com ONU após ataques à Síria

As autoridades francesas solicitaram nesta terça-feira (4) uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo suposto ataque químico contra a cidade síria de Khan Sheikhoun, na província setentrional de Idlib.

“O uso de armas químicas constitui uma violação inaceitável da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e um novo reflexo da barbárie da qual a população síria é vítima há tantos anos”, declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, em comunicado.

A reação acontece após o Observatório Sírio de Direitos Humanos informar hoje sobre a morte de pelo menos 58 pessoas, entre elas 11 menores, por um bombardeio de aviões não identificados em Khan Sheikhoun, controlada por opositores.

Em comunicado, a Coalizão Nacional Síria – a principal aliança de oposição – acusou aviões governamentais de terem bombardeado a população de Khan Sheikhoun com projéteis que continham gás sarin, classificado como arma de destruição em massa.

“Condeno com veemência este ato desprezível”, acrescentou Ayrault, que pediu que cada um “assuma suas responsabilidades” diante de fatos “de tamanha gravidade e que são uma afronta à segurança internacional”.

Ayrault lembrou que desde o início do conflito sírio, em 2011, a França sempre cooperou com a comunidade internacional para que o uso de armas químicas na Síria fosse esclarecido.

Segundo nota, a França apoia os mecanismos de investigação da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas e impulsionou junto com o Reino Unido um projeto de resolução que tentava impor sanções ao regime sírio pelo uso dessas armas, mas que acabou sendo vetado por Rússia e China.

error: Conteúdo protegido !!