Liberada cusparada entre deputados no plenário

Jean Wyllys cuspiu em Bolsonaro, mas suspensão do mandato virou advertência por escrito no Conselho de Ética
Reprodução do Youtube

A cada dia, os exemplos que vêm do Parlamento brasiliense não são dos melhores. Além das ‘marmeladas’ diárias e o corporativismo explicito, ontem o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu que um deputado cuspir em outro no plenário da Casa não é quebra de decoro parlamentar. No caso concreto, Jean Wyllys (PSOL-RJ) levou apenas uma advertência por escrito, algo como o recado na agenda da criança que se comporta mal na escola, pela cusparada dada em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Ao defender-se, o deputado carioca alegou que reagiu a ofensas homofóbicas. Bolsonaro negou o tempo todo. Os dois parlamentares foram ouvidos pelo conselho. Izar reconheceu que Wyllys foi provocado, mas afirmou que a atitude dele, ao revidar, possui “natureza injuriosa” e é incompatível com o decoro parlamentar.
Na semana passada, integrantes do colegiado pediram uma punição mais branda para Jean Wyllys, que não participou da reunião de ontem.
Os deputados rejeitaram, por 9 a 4, o parecer do relator Ricardo Izar (PP-SP), que previa a suspensão do mandato de Wyllys por um mês e aprovaram o texto alternativo proposto pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG) com a advertência. Segundo Delgado, a cusparada não foi premeditada e representou uma “ofensa moral”. Jean ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça e ainda há incertezas sobre a necessidade de enviar o caso para votação no plenário da Casa. (Fonte: Diário do Poder).
por Jota Carvalho

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