O prefeito Jorge Miranda e o vice Waltinho Paixão durante o café da manhã com empresários e representantes de comunidades mesquitenses
Davi de Castro

O prefeito de Mesquita, Jorge Miranda, e seu vice, Waltinho Paixão, reuniram empresários da cidade e representantes de comunidades, além do secretariado, na manhã de ontem, para falar sobre os avanços do governo, seus principais desafios e projetos futuros.
O encontro, chamado de “Café com o Prefeito”, aconteceu entre 9h e 12h, na Casa de Cultura, na Rua Armando Sales Teixeira, 57. E teve como palestrante o professor da UFRJ, Carlos Nepomuceno, sobre “Administração 3.0, e o Futuro das Empresas e das Cidades”.
Jorge Miranda abriu o encontro destacando que iniciou seu governo, em janeiro, com uma dívida, em torno de R$ 140 milhões, deixada pela gestão anterior, além de vários meses com o pagamento do funcionalismo em atraso. Para superar o desafio, ele recorreu à seguinte receita.
“Contratamos apenas 12% dos cargos comissionados, para iniciar a administração”, disse Miranda, que lembrou ainda que o governo passado pegou R$ 34 milhões emprestados com o MesquitaPrev (o instituto de previdência dos servidores municipais) e também não pagou. “Ele recolheu da folha de pagamento dos servidores, mas não repassou ao instituto”, esclareceu um representante do setor, que estava na plateia.
E mostrando o rigor com o qual tem conduzido seu governo, Jorge fez o seguinte pedido: “Se alguém se sentir achacado por qualquer servidor, se alguém criar dificuldade para obter algum tipo de beneficio, nos comunique, pois iremos tomar providências”, enfatizou o prefeito, destacando que haverá muitos avanços nas políticas sociais e administrativas do seu governo, visualizando uma gestão com tecnologia e modernidade.

A uberização da sociedade
Carlos Nepomuceno, um especialista em estratégias de implantação de redes digitais participativa na sociedade, fez uma rápida explanação sobre administração 3.0, garantindo a atenção do público, que lotou o plenário e as galerias na Casa de Cultura.
Trata-se de uma inovação onde o cliente (sociedade) escolhe o que deseja, avaliando a qualidade em geral do serviço, cujas regras mudam de acordo com a vontade da maioria. Ele disse que a implantação do Uber (uma nova alternativa de táxi) é um exemplo de desse tipo de administração.
“No Uber há um aplicativo onde o cliente seleciona a qualidade do serviço através do telefone. Ele observa o motorista, o carro, o atendimento e no final envia sua avaliação. Quem é mal avaliado, não é chamado pelo cliente”, exemplifica. Nepomuceno acredita que essa modalidade poderá ser aplicada em várias áreas da sociedade. E vai mais além: “Nosso país caminha para a uberização”, avalia.
Para o professor, a uberização representa a descentralização do poder do governo e um duro golpe no capitalismo, à medida a sociedade seleciona o que quer, por meio de aplicativos, e toma as decisões que mais interessam a todos. E exemplifica: “O capitalismo cresceu, no século passado, porque a população aumentou e o produtor, não”. Ou seja, um grupo pequeno domina um grande universo de consumidores e assim faz o que quer com eles. Mas, segundo Nepomuceno, a população assumindo as organizações de serviços, como no sistema Uber, esse domínio acaba. Pensando assim, ele manda um duro recado aos taxistas. “Quem tiver autonomia de táxis (que hoje custa caríssimo), pode tratar de vender. Pois, em pouco tempo elas não terão valor”, finaliza.

Secretariado atende ao povo
O “Café com o Prefeito” encerrou com a participação de todos os secretários municipais de Mesquita atendendo a população, tirando dúvidas a agendando serviços. Waltinho Paixão, vice-prefeito da cidade, que cuida de obras e dos serviços públicos, observou que a segurança pública deverá ser reforçada, na parte da manhã, entre as 5h e 7h, e á noite, das 17h às 19h.Os secretários consideraram a palestra como “muito proveitosa”. Cristina Quaresma, titular da Assistência Social, gostou do que ouviu e disse que a administração do governo Jorge Miranda vai acompanhar a tecnologia de modernidade. “Isso vai dar mais a velocidade aos projetos do governo na área social”.

por Davi de Castro (colaborador)