Suspeitos de matar policiais militares são presos na Baixada

Gabriel Wesley teria participado da morte do PM Cordeiro e Mateus é suspeito de matar o policial de Queimados
Fotos: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje

Parece notícia repetida, mas não é! Mais um policial militar foi morto na Baixada Fluminense. O corpo do sargento Anselmo Alves Junior, de 37 anos, morto na noite de terça-feira, foi enterrado ontem à tarde no Cemitério de Xerém, em Duque de Caxias. Ele foi o primeiro PM a morrer durante uma Operação Lei Seca no Rio. O policial era casado e tinha dois filhos, de 1 e 4 anos. Um homem acusado de participar do crime, identificado como Mateus Anderson Guimarães Rocha, foi preso por e levado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
O sargento Alves, como era conhecido, estava numa blitz da Lei Seca quando criminosos furaram o cerco, na Praça Nossa Senhora da Conceição, em Queimados e atiraram contra os militares. Ele foi atingido por três tiros. O militar chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Além de Anselmo, outro sargento, identificado apenas como Mendes, foi baleado. Ele está internado no Hospital Central da PM, no Estácio, Zona Norte do Rio, e seu estado de saúde continua estável. Um dos suspeitos morreu, um segundo foi preso e um terceiro conseguiu fugir.
Anselmo atuava na Operação Lei Seca havia 5 anos. Há informações de parentes que o policial estava sem colete no momento em que foi ferido.
“Não dá para falar que está sendo uma caça a policiais. Os três mortes foram consequência desta guerra. De três casos, dois já tem presos. Os presos que estão aqui vão ser interrogados para saber qual quadrilha eles são e onde atuam. Informações que chegaram é que no caso de Queimados os bandidos estavam fazendo roubos na região e ao avistarem a blitz, eles pararam o veículo clonado e quando os PMs fizeram a abordagem, um deles afetou os disparos e houve revide”, afirmou o delegado Leandro Costa.
Em nota divulgada a imprensa, o Detran informou que “se solidariza com os familiares do policial” assassinado. O departamento lamentou o ocorrido e declarou luto oficial. O órgão também reafirmou “o amplo apoio à operação que promoveu uma mudança significativa de hábitos em relação ao trânsito”. “A Lei Seca  é um exemplo de sucesso no estado do Rio de Janeiro e, paradoxalmente, há oito anos vem preservando vidas e reduzindo sensivelmente o número de motoristas embriagados flagrados ao volante”, diz outro trecho da nota.
Além do sargento Anselmo, outros dois PMs morreram na Baixada Fluminense na terça-feira. O sargento Sérgio Cordeiro da Silva, de 47 anos, foi morto durante uma abordagem a bandidos em Belford Roxo. Ele estava na PM havia 20 anos e deixa a mulher e uma filha. Ontem, um homem acusado de participar do crime foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Ele foi identificado como Gabriel Wesley da Rocha.

Já o soldado Gilberto Guimarães Pereira Corrêa, de 25 anos estava internado desde o último dia 31 no Hospital Geral de Nova Iguaçu. O PM foi baleado na barriga e no queixo durante um confronto com bandidos em Japeri.
Guimarães estava na PM havia seis anos, morava em Nova Iguaçu e tinha um filho de 2 anos. Segundo parentes do policial, ele estava estudando para ser professor. Há um mês ele e a mulher começaram a fazer aulas para prestar concurso para a rede estadual de educação.

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