Japeri capacita produtores para garantir carne e leite de qualidade

Produtores rurais de Japeri participaram, esta semana, do curso de bovinocultura. Eles foram preparados para conhecer e fazer a prevenção de doenças mais comuns que afetam um rebanho. A iniciativa, pioneira no município, envolveu a Secretaria de Agricultura e Pesca (Semap), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Rio.

O curso, que durou três dias, teve como foco principal a primeira etapa, no mês de maio, da vacinação de bovinos, ovinos, caprinos e suínos contra a febre aftosa.

Os produtores receberam aulas teóricas e práticas sobre exames, administração de medicamentos, técnicas de assepsia, higienização de equipamentos, manejo de animais, a forma correta da aplicação de injeção na veia, subcutânea e intramuscular, da vacina, de vermífugos e também conservação de medicamentos de forma adequada. Ao final do curso, todos os envolvidos receberam certificado do Senar.

“O nosso objetivo é ajudar os pequenos produtores a cuidar melhor da saúde de seu rebanho, sobretudo em regiões onde eles não contam de certa forma com a presença constante de um veterinário”, explicou o secretário municipal de Agricultura e Pesca, Reginaldo Santos.

Ministrado pelo médico veterinário Cláudio Rogério Rocha de Almeida, da Emater, produtores e técnicos da Semap aprenderam também a se proteger da contaminação provocada por bactérias nas seringas, que podem provocar sérios problemas de saúde, como febre e esterilidade.

“Esta capacitação está em consonância com uma das missões da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, de cumprir o calendário nacional de vacinação contra a febre amarela, que ocorre nos meses de maio e novembro”, informou o secretário.

O índice de vacinação em Japeri é um dos maiores do estado, com 79,5% de cobertura de todo o rebanho, segundo o Núcleo de Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária.  O município conta com um universo de 4 mil cabeças de gado, além da avicultura de postura, suinocultura, piscicultura e apicultura.

O médico Cláudio Rocha explicou que a febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, com impactos econômicos irreparáveis.

“Com a infecção, todo o rebanho tem que ser abatido imediatamente, por ser uma doença de controle mundial. Caso ocorra um surto da febre aftosa num determinado município, todo o estado fica sem condições de vender a carne. O animal tem também de se sacrificado”, advertiu, lembrando que a imunização do animal dura apenas seis meses. “Daí a necessidade da vacinação ocorrer duas vezes por ano”, sustentou.

Na avaliação do secretário Reginaldo Santos, a parceria com o Senar é de suma importância nesse momento atual vivido pelo país em razão da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. “Por isso mesmo, estamos tomando todas as medidas antecipadamente, por entendermos que o melhor remédio ainda é a prevenção. Tenho absoluta certeza de que estamos no caminho”, afirmou.

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