Inflação oficial cai para 0,25%, menor taxa para março desde 2012

Inflação de março é de 0,25% e a acumulada dos últimos 12 meses atinge 4,57%
Fotos:Tânia Rêgo/Agência Brasil

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou março em 0,25%, com queda de 0,08 ponto percentual em relação ao percentual (0,33%) de fevereiro e a menor taxa já registrada para os meses de março desde 2012, quando atingiu 0,21%.
Com o resultado, a inflação acumulada no primeiro trimestre de 2017 é de 0,96%, a menor taxa de toda a série histórica (não se levando em conta as mudanças na moeda). No primeiro trimestre de 2016, o IPCA acumulado era de 2,62%. A inflação dos últimos 12 meses é de 4,57%..
Os dados relativos ao IPCA, indicador que serve de parâmetro para a meta inflacionária fixada pelo Banco Central (BC), foram divulgados hoje (7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março do ano passado, o IPCA havia variado 0,43%.
Segundo o IBGE, o principal impacto para a alta no índice de março foi a conta de energia elétrica, que respondeu por 0,15 ponto percentual. A energia elétrica subiu no mês 4,43% e levou o grupo habitação a registrar elevação de 1,18%, a mais elevada variação de grupo.
Para o IBGE, o resultado do item energia elétrica reflete a cobrança da bandeira tarifária amarela no valor de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kwh) consumidos, aliado também a aumentos ou reduções nas parcelas do PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), dependendo da região pesquisada.
Além da alta de 4,43% na tarifa de energia elétrica, o que levou o grupo Habitação a fechar com a maior taxa do mês (1,18%), também pesaram nas despesas a elevação de 1,13% no preço do botijão de gás, tendo em vista reflexos do reajuste médio de 9,8% no preço do produto nas refinarias, a partir do dia 21 de março.

Educação foi a segunda maior variação

A segunda maior variação veio do grupo Educação, que subiu 0,95%, mesmo com o grupo mostrando recuo significativo em relação aos 5,04% do mês anterior. Enquanto os preços da Educação caíram significativamente, os do grupo alimentação e bebidas mostraram aceleração de 0,34% em março (em fevereiro houve inflação negativa de 0,45%).
Segundo o IBGE, produtos importantes na mesa do consumidor ficaram mais caros: leite longa vida (alta de 2,6%; café moído (1,89%); e pão francês (0,91%). Por outro lado, alimentos como o feijão-preto (-9,11%),  feijão-carioca (-5,59%) e  feijão-mulatinho (-4,50%). todos com deflação, ficaram mais baratos de um mês para o outro.
Ainda a respeito da queda de preços entre fevereiro e março, houve recuo em quatro dos nove grupos de produtos e serviços, com destaque para transportes (-0,86%), comunicação (-0,63%), artigos de residência (-0,29%) e vestuário (-0,12%), todos com inflação negativa.

Agência Brasil

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