No Laranjão, os 90 minutos foi equilibrado e sem gols, o que levou a decisão da vaga para os pênaltis
Bernardo Gleizer/Divulgação

Campeão do Quadrangular Extra da Taça Guanabara, o Nova Iguaçu se classificou para a final do mesmo torneio da Taça Rio, na tarde de quinta-feira (6), no Estádio Jânio Moraes, ao vencer a Portuguesa nos pênaltis por 4 a 2, depois do empate sem gols no tempo normal.
Com um gol de Marcelo Nicácio, de pênalti, aos 33 minutos do primeiro tempo, o Boavista ganhou do Volta Redonda, por 1 a 0, na noite da mesma quinta, no Raulino de Oliveira, e vai decidir a competição.
Nova Iguaçu e Boavista fazem a finalíssima neste domingo (9), às três da tarde, no Jânio Moraes, na Baixada Fluminense. O Quadrangular Extra da Taça Rio reúne os dois melhores clubes de cada grupo que não avançaram para as semifinais.
>> Desfalques não atrapalharam – Mesmo sem contar com alguns atletas importantes, poupados por causa da sequência de jogos, como Murilo Henrique, Paulo Henrique e Adriano, o Nova Iguaçu foi superior durante praticamente o jogo todo. Logo no começo, teve a chance de sair na frente. Patrick foi derrubado na área pelo goleiro Luciano e sofreu pênalti. Porém, o goleiro da Portuguesa defendeu a cobrança de Wescley.
Com mais posse de bola, o Nova Iguaçu tentou rondar a área da Portuguesa, que por sua vez esperava para sair rapidamente nos contra-ataques. A equipe Laranja da Baixada chegou a criar outras chances ainda no primeiro tempo, com Patrick e Luiz Felipe, sempre tendo paciência para girar o jogo e buscar as tabelas, sem no entanto conseguir balançar a rede.
No segundo tempo, o panorama não mudou muito, mas a Portuguesa conseguiu criar jogadas perigosas, depois da parada técnica. A melhor delas foi aos 29 minutos, após cruzamento na área, Douglas Caé pegou a sobra, o chute acabou saindo fraco e facilitou a defesa de Jefferson. A partida caiu um pouco de ritmo e ficou para ser decidida mesmo nas penalidades.
A Portuguesa começou cobrando e desperdiçou logo a primeira, com Douglas Caé acertando o travessão. Na terceira, o goleiro Jefferson, que defendeu quatro na final do Quadrangular Extra da Taça Guanabara, impediu o gol de Belarmino com os pés. Os batedores do Nova Iguaçu converteram as quatro cobranças. Desta vez, Wescley guardou a redonda no fundo do barbante.

No Raulino, Boavista aposta
nos contra-ataques e se dá bem

O Volta Redonda até que teve mais posse de bola, encurralou o adversário no campo de defesa, mas não conseguiu furar a retranca do Verdão. O Esquadrão de Aço passou a arriscar de fora da área. Marcelo, em cobrança de falta, e Alan Cariús, assustaram Rafael em arremates fortes e colocados.
Por sua vez, o Boavista apostava nos contra-ataque para tentar surpreender. Em um deles, Marcelo Nicácio recebeu em velocidade e foi derrubado dentro da área. Pênalti para o Boavista. Ele mesmo cobrou e mandou no canto direito de Douglas, abrindo o placar no Raulino de Oliveira aos 33 minutos de jogo.
O empate do Voltaço quase aconteceu no último minuto da primeira etapa. Marcelo recebeu na intermediária e chutou. Rafael se esticou para fazer a defesa e mandar pela linha de fundo.
Na volta do intervalo, o empate quase saiu nos primeiros minutos do segundo tempo. Aos três minutos, Alan Cariús bateu da entrada da área e a bola passou rente a trave esquerda de Rafael, arrancando o “uh” da torcida presente.
Com o passar do tempo, o cenário da primeira etapa voltou. O Volta Redonda, com mais de 60% de posse de bola, buscava o gol, enquanto o Boavista, com os 11 jogadores atrás da linha da bola, se defendia e apostava nas saídas rápidas.
Aos 39 minutos, o Esquadrão de Aço conseguiu criar sua melhor chance no segundo tempo. João Cleriston recebeu pela direita e cruzou na medida para David Batista. O camisa 9 cabeceou, mas Rafael fez grande defesa, desviando para escanteio. E foi só isso. O Verdão de Bacaxá saiu de Volta Redonda com a vaga na final garantida e Papai Joel contabilizou mais uma decisão na carreira.

por Jota Carvalho