Fantástico! Delatores da Lava Jato moram em mansões

VISÃO PARADISÍACA – Muitos colaboradores vivem em imóveis com piscina e outros confortos em áreas valiosas da região serrana do estado
Reprodução / TV Globo

Delatores da Operação Lava Jato beneficiados com ‘prisão domiciliar’, vivem vida de luxo, cercados de conforto total e liberdade em suas ‘detenções’. Alguns deles moram em condomínios com mansões avaliadas em até R$ 15 milhões, conforme revelou o “Fantástico”, da Rede Globo. “Nossa! No Brasil o crime compensa. Veja isso, Gurgel – nome fictício de um vizinho deste repórter que acompanhava a resenha líder dominical de audiência da emissora dos Marinho.
Esse é o caso do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Primeiro delator da Lava Jato, ele cumpre pena em um condomínio de luxo em Petrópolis. Segundo um corretor de imóveis, as casas no local são avaliadas entre R$ 1,7 milhão e R$ 15 milhões.

Fernando Baiano, ligado ao PMDB, transformou garagem de imóvel de luxo em academia e ‘malha’ nas barras com amigos nos finais de semana
Reprodução / TV Globo

O ex-diretor divide as áreas comuns como piscina, quadra de tênis, saunas, academias com juízes, desembargadores e empresários. Ele também é autorizado a deixar o condomínio para prestar serviço comunitário em uma escola municipal.
Paulo Roberto – que relatou esquema de partilha das diretorias da estatal entre PT, PMDB e PP e denunciou que havia percentuais fixos de propina para os partidos – foi condenado a 20 anos de prisão. Ele pagou multa de R$ 10.944.520,66 e devolveu R$ 78.188.562,90.
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, também vive na serra fluminense. Ele cumpre prisão domiciliar em um condomínio de sítios com imóveis avaliados em R$ 2,5 milhões. Até o final do ano, ele não pode sair de casa. Ele foi condenado a 25 anos, pagou multa de R$ 11.425.000,00 e devolveu R$ 7.648.604,62.
O engenheiro e empresário Zwi Skornicki, que confessou pagar R$ 4 milhões em propina para o marqueteiro João Santana, foi condenado a 15 anos de prisão, mas após acordo de delação premiada vive em uma mansão na Barra da Tijuca. Ele também devolveu R$ 83.057.240,00, além de obras de arte.

Corpo e mente saudáveis
em academia doméstica

Paulo Roberto Costa ‘cumpre pena’ em um condomínio de luxo em Petrópolis
Dida Sampaio/Estadão

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado gravou conversas com políticos e fez o acordo de delação premiada. Ele recebeu pena de 20 anos, mas hoje vive em uma casa de luxo em Fortaleza, no Ceará. Ele também costuma frequentar academia e igreja.
Já Fernando Baiano, que era responsável por intermediar pagamento de propina entre diretores da Petrobras e políticos do PMDB, não pode sair de casa. Então, transformou a garagem do imóvel em um condomínio de luxo em uma academia. Segundo o “Fantástico”, ele costuma receber amigos para praticar exercícios e lutar.

O engenheiro Zwi Skornicki vive em uma mansão na Barra da Tijuca
Arquivo/PF

A Procuradoria da República defende que a delação premiada é uma ferramenta importante para a investigação de crimes de colarinho branco, como os da Lava Jato, já que permite o abrandamento da pena de uma pessoa em troca de informações que levem a investigação de muitas outras.
A Lava Jato fez 158 acordos de delação premiada, que levaram a 269 denúncias e identificação de pagamento de propinas no total de R$ 6,4 bilhões. A Procuradoria da República também pede o ressarcimento de R$ 31,8 bilhões.
(Edição: Jota Carvalho – com Portal A Tarde).

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