Alerj discute situação das universidades estaduais em audiência pública

“Profissionais de educação, terceirizados e a sociedade fluminense estão sendo desrespeitados e humilhados pelo Governo do Estado”, disse o deputado Waldeck Carneiro

A Comissão de Educação da ALERJ, discutiu na quarta (19)as condições em que se encontram UERJ, UENF e UEZO. “Profissionais de educação, terceirizados e a sociedade fluminense estão sendo desrespeitados e humilhados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O quadro não pode permanecer como está. O Governo não cumpre sequer os compromissos assumidos com o parlamento. Há uma confusão na ALERJ sobre os regimes de trabalho nas universidades”, declarou o deputado Waldeck Carneiro, do PT. A Vice-Reitora da UERJ, Maria Georgina Muniz, analisou a importância da instituição educacional para o ensino superior no estado do Rio. “Os servidores da UERJ têm resistido mesmo durante a crise”, informou. O Representante da ASDUERJ, Paulo Alentejano, denunciou o projeto de destruição da universidade no estado e solicitou à Comissão de Educação uma manifestação contra esse processo. “O Governo do Estado é irresponsável e perdulário”, afirmou, lembrando os salários atrasados dos profissionais da educação.
O Coordenador do SINTUPERJ, Jorge Luiz Lemos, repudiou de forma veemente a CPI proposta pelo Deputado Tutuca. “Os servidores da UERJ estão se endividando por falta de pagamento de salários e o bandejão está parado”, lembrou. O Representante do SINTUPERJ, Antônio Virgílio Fernandes, considerou incoerentes as movimentações de deputados que apoiam a ampliação da UERJ e votam contra o aumento do orçamento da universidade. “UEZO, UENF e UERJ devem ser respeitadas como patrimônio público do Estado do Rio de Janeiro”, afirmou. Já o Reitor da UENF, Luis Passioni, denunciou que a universidade não recebe recursos do estado há 18 meses. “Nem na CPI lembraram de nós!”, ironizou. A UENF está sem empresa que cuide da segurança e os servidores receberam em abril o salário de fevereiro. O chefe de gabinete da Reitoria da UENF, Raul Ernesto, reivindicou a autonomia das universidades sobre seus orçamentos.
O Representante da ADUENF, Alessandro Coutinho Ramos, alertou sobre a desmoralização a que o Governo do Estado submete o servidor público e a UENF. “Com isso, a instituição não está conseguindo cumprir seu papel no Norte Fluminense”, sentenciou. Outro representante da universidade, Marcos Antônio Pedlowski, solicitou que a Comissão de Educação visite a UENF com uma visão futurista. “Há pesquisadores brasileiros recebendo propostas para migrar para a China e alguns têm aceitado”, revelou. A Reitora da UEZO, Maria Cristina de Assis e a Vice-Reitora, Luanda Silva de Moraes, detalharam como as leis engessam as atividades da universidade no tocante ao seu custeio, às carreiras dos servidores e ao papel que a instituição deveria desempenhar na Zona Oeste. “O Governo do Estado trata a UEZO com descaso. Este debate é introdutório à discussão do orçamento de 2018. Os professores universitários são especialistas capazes de resolver os problemas das universidades”, consideraram. Já o presidente da ADUEZO, André Almeida, lembrou que a universidade não possui um campus. “Os servidores estão sem salários e os estudantes sem bolsa. O Governo do Estado esqueceu a UEZO!”, finalizou.

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