Prefeito de Belford Roxo critica greve dos servidores

Durante encontro com diretoras das escolas e creches do município, Waguinho classificou a greve como injusta
Rafael Barreto/PMBR

Um dia após a manifestação que reuniu cerca de 200 servidores públicos – boa parte deles professores da rede municipal – pelas ruas de Belford Roxo e terminou com gritos de ordem em frente à sede da prefeitura, o prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, tentou explicar a aprovação da polêmica lei que cortou benefícios dos trabalhadores. Ontem, ele se reuniu com diretoras de escolas e creches municipais, tirou dúvidas e buscou esclarecer as medidas executadas sobre o funcionalismo público de Belford Roxo.
Durante o encontro, realizado no Ciep Municipalizado Constantino Reis, em São Bernardo, Waguinho fez duras críticas ao movimento grevista dos servidores, aprovado em assembleia realizada na segunda-feira (24). “A greve é injusta. Se tem salário em dia, tem que ter trabalho”, declarou o prefeito.
No entanto, conforme o Jornal de Hoje noticiou na edição de ontem, muitos servidores afirmam estar com os salários atrasados desde o ano passado e também alegam que estão tendo os vencimentos descontados sem qualquer justificativa e tiveram a passagem cortada, entre outros benefícios.
“Trabalhei em um segundo turno dando aulas de setembro a novembro e até hoje não recebi, fora os mais de R$ 150 reais que têm sido descontados do meu salário. Tenho tirado dinheiro do meu bolso para pagar a passagem até a escola onde dou aula. Não me sobra nada”, disse a professora Verônica da Silva, 37 anos, durante o protesto de segunda.
Sobre as faltas dos profissionais em greve, o prefeito foi taxativo e disse às diretoras que avisem em suas escolas que aquele que não estiver trabalhando terá o dia cortado. “A manifestação é de direito desde que seja voltada para o diálogo. O Sepe (Sindicato dos Profissionais de Educação) não quer conversa. Não vamos sentar para negociar com quem não age em favor do todo”, avisou.
Entenda o caso
Na quinta-feira do dia 13 de abril, véspera do feriado de Sexta-Feira Santa, os vereadores de Belford Roxo aprovaram mensagem enviada à Câmara pelo prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho. A lei, publicada no dia 14 de abril, pôs fim a vários direitos já conquistados pelos servidores municipais, tais como adicional por tempo de serviços, triênio, vale transporte, licenças, plano de carreira e benefícios por formação. Em protesto contra Waguinho e o presidente da Câmara, Reinaldo Gandra, funcionários públicos ocupram a Casa Legislativa, na última terça-feira (18), e prometeram novas manifestações até que a lei seja revogada. A última delas ocorreu na segunda-feira (24), quando cerca de 200 servidores fizeram uma passeata pelas ruas da cidade e encerraram o ato em frente à prefeitura.

*Texto com informações da Secretaria de Comunicação de Belford Roxo

por Raphael Bittencourt (raphael.bittencourt@jornalhoje.inf.br)

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