Defesa do goleiro Bruno vai recorrer da decisão do STF

 

Lúcio Adolfo, advogado do goleiro Bruno Fernandes, informou que vai recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão do atleta. A defesa do goleiro protocolará um embargo de declaração ainda nesta quarta-feira contra o que chamou de “obscuridades” na votação da Primeira Turma do STF que, nesta terça-feira, por 3 votos a 1, revogou o habeas corpus do atleta e decidiu que ele deve voltar à cadeia. A defesa espera que o caso vá ao plenário da Corte.

“Ontem eles deveriam decidir sobre o habeas corpus, mas teceram profundos comentários sobre o julgamento (de Bruno, ocorrido em 2013). Eles pré-julgaram. Para revogar a liberdade, começaram a analisar a conduta, o comportamento do Bruno. Não cabia a eles fazer isso naquele momento. Vamos entrar com um embargo de declaração para sanar as obscuridades que o acórdão (do STF) deixou — explicou Adolfo.

Para Adolfo, os ministros extrapolaram o assunto que deveria ser julgado naquela sessão do STF. Os advogados de Bruno estudam também as alternativas de pedir a progressão do regime do esportista para o semiaberto e a autorização para trabalhar.

Segundo o advogado, não procede o argumento de que a liberdade de Bruno foi garantida pela protelação da defesa. Há três meses, o ministro do STF Marco Aurélio Mello concedeu o benefício ao goleiro de esperar solto a conclusão da ação penal. Ele estava preso havia quase sete anos, condenado na 1ª instância, mas sem o julgamento de 2ª instância.

Na visão do advogado, que se disse indignado com a decisão, Bruno não oferece perigo à ordem pública — Adolfo argumentou que o atleta já estava trabalhando como goleiro do Boa Esporte. A revogação do habeas corpus estabelece ainda, na opinião do advogado, uma insegurança jurídica.

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