Fla tenta superar desgaste para não cair na fase de grupos

O atacante Guerrero que se lesionou no jogo contra o Fluminense, é peça chave para ganhar do Católica nesta quarta-feira
Site Globoesporte.com
Fotos: Gilvan de Souza

Não é apenas a importância do jogo contra a Universidad Católica, nesta quarta-feira, que tira o sono dos flamenguistas. A condição física do elenco preocupa para os próximos dias. Rômulo é dúvida, Guerrero deixou a final do Carioca com cãibras e Everton teve que jogar à base de injeção de anti-inflamatório intramuscular na final. Na semana que decide o semestre, os desafios são deixar o elenco recuperado e controlar a ansiedade da torcida. Nas duas últimas participações em Libertadores, o Rubro-Negro deu adeus precoce justamente na fase de grupos.
O volante Rômulo deixou o gramado na vitória por 1 a 0 sobre o Flu com dores no joelho direito. Nesta segunda-feira, foi confirmada uma torção no local. O jogador já iniciou o tratamento, com gelo e fisioterapia, mas ainda é tratado como dúvida para o confronto decisivo. Caso não jogue, deve dar lugar a Mancuello no meio de campo.
Já a situação de Guerrero é um pouco mais simples. O atacante peruano também foi substituído antes do fim do clássico, mas com cãibras. As dores na panturrilha não eram lesão e não devem tirar o camisa 9 do jogo contra a Universidad Católica. Nesta segunda, ele participou com o restante do elenco do trabalho regenerativo, tradicional pós-partidas.
Desde o dia 23 de abril, quando enfrentou e venceu o Botafogo, o Flamengo tem atuado todo fim e meio de semana. Assim, o elenco tem tido menos tempo do que o habitual para descansar entre as partidas. O zagueiro Donatti tem uma lesão muscular, não atua desde o meio de abril e não deve voltar contra a Universidad Católica. Rafael Vaz seguirá no time.
Além dos jogadores desgastados, o Rubro-Negro tem outra preocupação para a “decisão”: o “fantasma” de eliminações em fase de grupos da Libertadores. Desde 2002, foram três. O atual grupo quer mudar a história.
“Claro que escutamos sempre falar, as pessoas comentam e nos cobram isso, mas jogar no Flamengo tem essa responsabilidade. Não estávamos aqui antes, mas hoje podemos mudar a história. Podemos classificar e conseguir algo a mais. É bom saber que dependemos só de nós. Tenho certeza que temos tudo para sair na quarta-feira classificados. Claro que vamos respeitar o adversário, mas vamos jogar com o que a torcida quer em campo”, disse Rafael Vaz.
Em 2014, o Flamengo de Jayme de Almeida chegou ao torneio como campeão da Copa do Brasil do ano anterior, mas não conseguiu avançar em uma chave que, inicialmente, não parecia complicada: León, Bolívar e Emelec.
Dois anos antes, roteiro parecido. Antes da fase de grupos, o Flamengo de Vanderlei Luxemburgo eliminou o Real Potosí, da Bolívia, na pré-Libertadores. Depois, no entanto, tropeçou dentro e fora de casa e não conseguiu avançar na chave com Emelec, Lanús e Olimpia. Já em 2002, o Rubro-Negro foi o último em um grupo que tinha Olimpia, Universidad Católica e Once Caldas, com apenas uma vitória.
Depois de quatro rodadas disputadas, o Flamengo é o segundo colocado na fase de grupos da atual edição da Libertadores. A equipe comandada por Zé Ricardo tem seis pontos, um a menos do que o líder Atlético-PR. Se vencer e contar com um empate ou derrota do San Lorenzo, o Rubro-Negro garante a vaga para o mata-mata. Se perder, porém, será ultrapassado pela Católica. Caso empate, segue na vice-liderança.

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