Empresas não substituirão ônibus incendiados no Rio devido à crise

Os ônibus que foram incendiados por criminosos este ano no Rio de Janeiro não serão substituídos, informou a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor), nesta quarta-feira (03), em comunidado. Segundo o órgão, de janeiro até o momento, 51 ônibus já foram destruídos por ações criminosas – uma média de 2,5 ônibus por dia -, superando os registros de todo o ano de 2016. Somente nesta terça-feira, nove desses veículos foram incendiados, na Zona Norte e Baixada Fluminense.

Em nota, a Fetranspor apontou a crise financeira atravessada pelo Rio como motivo para a não substituição dos ônibus. “Diante dos graves efeitos da crise financeira sobre as empresas, que sofrem com a redução da atividade econômica e o aumento do desemprego, os ônibus destruídos não serão substituídos”, explicou o órgão, que também apontou como motivo para não substituir os transportes a “negativa da Prefeitura de conceder o reajuste tarifário previsto no contrato de concessão de 2010”.

Atualmente, no Rio, os ônibus transportam diariamente mais de 8 milhões de passageiros. Desde janeiro de 2016, as ações de vandalismo contra os veículos já superam R$ 42 milhões em prejuízo. A reposição de um único ônibus com ar-condicionado custa aproximadamente R$ 450 mil, valor que, segundo a Fetranspor, não é repassado ao usuário por meio da tarifa.

Ainda em nota, o órgão informou que vai “recorrer à Justiça em busca de reparação aos graves prejuízos causados ao setor”. Além disso, esclareceu que vai prestar queixa-crime contra “contra todos aqueles que participarem ou estimularem atos de vandalismo”.

Segundo a Fetranspor, em caso de risco para os rodoviários e passageiros, a circulação dos ônibus será paralisada. A ação será, então, comunicada ao Ministério Público Estadual.

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