Honda HR-V tem sucesso acima do esperado

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

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A Honda sempre acreditou no poder de atração do HR-V. Quando lançou o crossover, em março último, a previsão era vender cerca de 4 mil unidades mensais, mesmo diante de um mercado em crise. Três meses depois, a retração nas vendas piorou – a queda ultrapassa os 20% na comercialização de automóveis. Mas, em compensação, a marca japonesa transformou seu SUV compacto em um verdadeiro fenômeno. O modelo já emplaca média de 5 mil unidades por mês. A fila de espera nas concessionárias não para de crescer – dependendo da cor e da versão, pode ultrapassar 100 dias. E é a configuração de topo, a EXL, a “menina dos olhos” do fabricante. Tanto que a previsão é de que quase metade dos veículos colocados nas ruas até o fim do ano seja do HR-V “top”.
Pode parecer exagero tratar o crossover da Honda como fenômeno, mas os números provam isso. E não apenas os de venda, mas o próprio crescimento do mercado nacional de SUVs se acelerou após o lançamento do HR-V. Entre janeiro e fevereiro de 2015, a categoria respondia por cerca de 10,5% dos emplacamentos nacionais de carros de passeio. Em maio, essa participação cresceu 37% e chegou a 14,4%. É claro que outros competidores surgiram – caso do Jeep Renegade e do Peugeot 2008. Mas, exceto pelos 2.500 exemplares do Jeep pernambucano registradas no mês passado, a contribuição desses novatos não chega a fazer tanta diferença frente à redução nos emplacamentos dos concorrentes.
Para ganhar espaço neste segmento cada vez mais disputado, a Honda investiu na mistura de características que, normalmente, se encontram neste tipo de veículo. Reuniu bons aparatos tecnológicos e a robustez típica de um utilitário à credibilidade conquistada pela marca. E ainda conseguiu um design que chama atenção pelas linhas contemporâneas e a clara inspiração nas carrocerias dos cupês.

Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

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O crossover da Honda é mais baixo e tem linhas mais agudas que as que se notam em um SUV normal. Os vincos deixam o carro “musculoso” – ampliando a ideia de robustez – e, ao mesmo tempo, transmitem uma imagem de velocidade. A frente tem conjunto ótico pontiagudo e esticado, para-choques encorpados e grade em preto brilhante cortada por um friso cromado. A linha de cintura é alta e o teto se encerra com um caimento forte, como o de um cupê. Para reforçar essa semelhança, as maçanetas das portas traseiras são disfarçadas.
Todas as versões do SUV são movimentadas pelo mesmo motor 1.8 de 140 cv que equipa a configuração de entrada do sedã médio Civic, a LXS. No HR-V “top”, o propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão CVT. Quem sente falta de uma pegada mais esportiva pode utilizar os “paddle shifts” junto ao volante para as trocas entre as sete marchas que são simuladas pelo câmbio.
Bem equipado, o HR-V EXL já sai da fábrica com freio de estacionamento elétrico, volante multifuncional, controle eletrônico de estabilidade e tração, direção elétrica progressiva e sistema multimídia com Bluetooth, câmara de ré e até GPS. O preço é “salgado”: R$ 88.700, R$ 300 a mais que a configuração de topo do próprio Honda Civic, a EXR, com motor 2.0 de 155 cv. Porém, a julgar pela procura nas concessionárias, o valor de venda está longe de ser um problema para o HR-V.

Por Márcio Maio
Auto Press

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