O soldado Humberto Francisco Franklin de Salles, 36 anos foi preso com um comparsa, acusado de roubar combustível de um duto da Petrobras
Fotos: Ivan Teixeira / Jornal de Hoje
No mesmo dia em que um soldado da PM da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vila Cruzeiro, na Penha, foi preso acusado de fazer escolta para um traficante, outro policial militar parou atrás das grades por cometer um crime. O soldado do 21ºBPM (São João de Meriti) identificado como Humberto Francisco Franklin de Salles, 36 anos, foi preso ontem por militares do 24ºBPM (Queimados) acusado de roubar combustível de um duto da Petrobras, em Japeri. O comparsa dele, Guilherme do Espírito Santo Alves, 26, também foi surpreendido e responde pelo mesmo crime.
Segundo informações do tenente Vitor Mayrink que comanda a guarnição do GAT (Grupamento de Ações Táticas) juntamente com o subtenente Ary e o sargento Laércio, Alessandro e Cleiton, após o serviço de inteligência do batalhão ir até a estrada Ary Schiavo, no bairro Pedra Lisa, em Engenheiro Pedreira, onde funciona uma estação da Petrobras, eles avistaram uma Fiorino e dois caminhões em atitude suspeita e ao entrarem no terreno houve uma correria onde os dois suspeitos foram presos.
No local ainda foi apreendido os dois caminhões tanque que eram usados para o desvio de combustível, uma Fiat Palio branca e a pistola de calibre 38 que pertence ao policial militar. Além disso, mais de 200 metros de mangueira eram usados para retirar o material e colocá-lo nos caminhões. Uma equipe da Petrobras esteve no local para realizar uma perícia. O caso foi encaminhado inicialmente para a 63ªDP (Japeri), mas as investigações vão ficar a cargo da Policia Federal de Nova Iguaçu, já que se trata de crime Federal. A polícia ainda irá investigar em quais pontos eram vendidos a gasolina furtada e o soldado Franklin seguiu escoltado pela guarnição do seu batalhão para o Batalhão Especial Prisional.
Soldado de UPP da Vila Cruzeiro fazia escolta de traficante
Mais um caso de corrupção na Polícia Militar. O soldado PM da Unidade de Polícia Pacificadora da Vila Cruzeiro, na Penha, Vinícius dos Santos de Araújo fazia escolta de Paulo César Oliveira Santos, 39 anos, o Índio. Segundo a polícia, ele é o principal fornecedor de armas e munições para bandidos do Rio e estava foragido. Índio foi condenado há mais de 20 anos de prisão por homicídio e roubo, havia cumprido 10 e fugiu. A dupla vai responder por porte ilegal de munição.
A carga apreendida com os dois está avaliada em quase R$ 18 mil. Segundo o delegado-titular da 39ª DP (Pavuna), Henrique Damasceno, responsável pela prisão do policial, que está há três anos na corporação, cada munição está avaliada em R$ 5. Foram apreendidas 3.495. Elas são da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC).
Policiais que investigam o caso não revelaram a procedência das munições apreendidas, mas a polícia investiga se elas foram compradas de colecionadores de armas. Segundo investigadores, as investigações continuam e outras pessoas podem ser presas.
Há informações de que as munições iriam para traficantes da área da própria UPP da Vila Cruzeiro, região dominada pelo Comando Vermelho – facção que tentou invadir a Cidade Alta, na última terça-feira. O confronto fechou a Avenida Brasil e Rodovia Washington Luiz e levou pânico à população. Nove veículos foram incendiados na ocasião.
