PM recolhe imagens e dados do GPS de caveirão do Batalhão de Olaria

As imagens das câmeras do caveirão do 16º BPM (Olaria) e os dados do GPS do veículo blindado estão sendo recolhidos pela Corregedoria da Polícia Militar, que apura suspeita de que os policiais da unidade receberam propina de traficantes de uma das facções criminosas que disputam a Cidade Alta. No Whatsapp, desde o último fim de semana, circula um texto denunciando que os PMs receberam dinheiro para transportar criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP) dentro do caveirão para retomarem a comunidade. A mensagem está acompanhada de um áudio que teria sido gravado dentro do veículo.

A gravação, no entanto, não foi feita durante a operação que ocorreu na terça-feira da última semana, quando os criminosos do CV tentaram retomar a favela. Na gravação, são citados dois policiais – Félix e Barbosa. O primeiro está de Licença para Tratamento de Saúde (LTS) desde 18 de fevereiro deste ano, quando foi baleado numa operação. Já Barbosa estava na operação que terminou com a prisão de 45 suspeitos.

Antes da circulação do áudio, o comando do 16º BPM já apurava denúncia de recebimento de propina pelos policiais da unidade. Nove PMs do batalhão foram transferidos para diferentes unidades, sob suspeita de terem recebido dinheiro.

“Não estamos fazendo juízo de valor antecipado. A transferência foi feita para preservar a apuração. Não seremos condescendentes com desvios de conduta. O policial que faz isso é um traidor da sociedade que jurou servir”, afirmou o coronel.

A Polícia Civil também abriu inquérito para investigar o possível recebimento de propina por PMs do 16º BPM. Nesta terça-feira (9), os policiais que participaram da operação começam a ser ouvidos na 38ª DP (Irajá).

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