Tropas da Força Nacional começam a patrulhar o Rio

 

A Força Nacional de Segurança e as policias do estado iniciaram ações de segurança na manhã desta segunda-feira (15), por volta das 6h. Na esquina da Rua Pedro Jório com a Avenida Brasil, em Fazenda Botafogo, quatro agentes da Força Nacional estão baseados junto com policiais civis da Polinter. Os integrantes da Força Nacional no local são policiais civis dos estados de Goiás, Rio Grande do Sul e Amapá. A missão deles é coibir o roubo de cargas na região. Por volta das 8h15m, um caminhão-baú entrou na Rua Pedro Jório e foi seguido pelos policiais. Eles mandaram o veículo parar e o revistaram. O motorista e dois ajudante foram liberados depois de identificados.

As equipes da Força Nacional estão baseadas em 17 pontos no Rio de Janeiro. A base da Rua Pedro Jório é para vigiar o acesso aos morros da Lagartixa e da Pedreira.

Entre os 300 agentes da Força Nacional que chegaram ao Rio na semana passada, 21 são policiais civis. Há um delegado e 20 agentes. Eles estão sendo auxiliados por policiais civis do Rio de Janeiro porque não conhecem muito bem a região. A integração faz parte do plano de ação da força na cidade.

Nos últimos dois anos, os indicadores de violência vêm subindo no Rio, como mostram as estatísticas de março do Instituto de Segurança Pública (ISP): o número de assassinatos, em relação ao mesmo mês de 2016, subiu 11%. No mesmo período, os roubos de carros aumentaram 47% e, os de cargas, 22%.

Um preocupação das autoridades é o aumento do número de armas em poder de criminosos. Usados em guerras, com grande poder de fogo e capazes da alcançar um alvo a longa distância, os fuzis são encontrados com facilidade nas mãos de traficantes do Rio. Segundo dados do ISP, houve recorde de apreensão desse tipo de armamento em 2016: foram 371. Em 2007, quando a contagem começou, policiais recolheram 214, ou seja, houve um aumento de 72%. Ao longo dos últimos dez anos, o total apreendido chegou a 2.615.

Somente nos três primeiros meses de 2017, foram recolhidos com bandidos 119 fuzis. No mesmo período do ano passado, foram apreendidos 76, um crescimento de 56%, de acordo com o ISP.

Segundo o subsecretário estadual de Segurança, Roberto Alzir, as regiões do Chapadão e da Pedreira estão entre os alvos das operações. Em entrevista na semana passada, ele disse acreditar na redução dos índices da criminalidade nessas áreas a partir de ações conjuntas.

“Nosso foco é o roubo de veículos e de cargas. O efetivo vai atuar em cima da mancha criminal que mapeamos diariamente. Obviamente, esse apoio bem-vindo do governo federal não é suficiente para resolver a problemática da segurança no Rio, mas vai surtir bastante efeito nesses locais”, afirmou Alzir.

Na semana passada, em Brasília, o general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), reconheceu que o governo fluminense não consegue resolver sozinho o problema da criminalidade. Ele anunciou que o estado será o laboratório de um modelo novo de segurança, que a União poderá levar para outras regiões do país. A inspiração é o esquema de policiamento montado para a Olimpíada. Além do combate ao crime, o governo federal quer dar apoio a ações sociais em comunidades.

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