Bradesco continua no topo do ranking de reclamações do BC em maio

O Bradesco ficou no topo do ranking de reclamações feitas pelos clientes de instituições financeiras ao Banco Central no mês de maio. De acordo com o BC, entre os bancos e instituições financeiras com mais de dois milhões de clientes, o Bradesco teve 1.185 queixas acatadas pela autoridade monetária, num universo de 75.747.049 correntistas. O índice do banco de Osasco chegou a 15,64%, superando o do Caixa Econômica Federal (9,63%), que conta com 76.054.038 correntistas e ocupou a segunda posição, com 733 reclamações. No ranking de abril, o Bradesco também apareceu na primeira posição, com 899 reclamações, resultando num índice de 11,90%. Já a Caixa, ocupava a terceira posição, com 562 queixas e índice de 7,42%.
O levantamento feito pelo BC mostrou que a principal queixa feita pelos correntistas de todos os bancos brasileiros no mês de maio foram as restrições à realização de portabilidade de operações de crédito consignado por recusa injustificada. Em segundo lugar, ficaram as irregularidades relativas á integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços. Em seguida, os débitos em conta de depósito não autorizado pelo cliente.
Entre os bancos e financeiras com menos de dois milhões de clientes, BNP Paribas lidera com índice de 308,66, somando 394 reclamações para um total de 1.276.471 clientes. Na sequência aparecem Banco Bonsucesso SA, Societe Generale, Daycoval e BMG.
Procurado pelo o Globo, o Bradesco diz que sua posição no ranking do Banco Central reflete a inclusão de registros específicos que estão sendo ajustados. Segundo o banco, todas as medidas necessárias estão sendo tomadas no sentido de melhorar a qualidade do atendimento e garantir maior satisfação aos clientes.
O HSBC, por sua vez, informou avaliar todas as demandas recebidas pelos canais oficiais de atendimento e tem realizado alterações significativas, principalmente, no modelo de gestão e atendimento. A Caixa Econômica Federal, em nota, disse valorizar as informações e reclamações dos clientes e as utiliza como subsídio para a melhoria e a modernização de todos os seus processos de atendimento. E afirma também que a redução das reclamações e o aumento da solução em todos os canais internos e externos são prioridades do banco.
Através da assessoria de imprensa, o Banco do Brasil informou que, em maio, apresentou redução de 10% na quantidade de reclamações procedentes em relação à média dos últimos 12 meses. Em relação a abril deste ano, essa queda foi de 9%. E acrescentou que possui a menor quantidade total de reclamações reguladas no Banco Central em relação aos seus principais concorrentes. O Santander também ainda não comentou o resultado do ranking de maio.
Para construir o ranking, o BC divide os bancos entre aqueles com mais de dois milhões de clientes e aqueles com menos. São considerados clientes os que contam com depósitos (contas correntes e poupanças) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), operações de crédito e outros tipos de depósitos não cobertos pelo FGC. Para chegar ao índice que define a posição no ranking de reclamações, o BC divide o número de reclamações procedentes pelo número de clientes da instituição financeira e multiplica por um milhão.