Fica! O governador Pezão acha que a saída do presidente neste momento seria ruim para o país
AE

Ontem, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que “o Brasil inteiro ficou surpreso” com a divulgação da delação do empresário Joesley Batista que cita o presidente Michel Temer.
Segundo Pezão, a saída do presidente neste momento seria ruim para o país. “Já foi traumático o impeachment da presidente Dilma [Rousseff] e se houver mais um problema desse é muito difícil para a economia, precisamos de estabilidade. O Brasil precisa fazer um grande encontro de todas as lideranças políticas e arranjar uma solução para o término desse mandato e termos eleições diretas”, disse o governador após participar de evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro da capital fluminense.
Para Pezão, a prioridade agora, independente da crise política, é a sanção do projeto de lei que trata do ajuste fiscal dos estados superendividados, aprovado quarta-feira no Congresso Nacional.
“A assinatura é fundamental. Não é uma lei para o estado do Rio, é para o Brasil, muitos estados também precisam dessa lei”, afirmou.
Pezão disse que enviará hoje (19) à Assembleia legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) três projetos de lei que fazem parte das contrapartidas exigidas pelo governo federal para renegociar as dívidas do estado. Entre os projetos está o que aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14%. “Preciso da assinatura e da aprovação da assembleia para ter esses recursos. Assim que passar, acredito quem em 45 dias, 60 dias, teremos esses recursos. ”As contrapartidas também incluem o congelamento de reajuste dos servidores públicos e a restrição à realização de concursos públicos.