Segurança em Foco, por Vinicius Domingues Cavalcante – 20/05

Contra vigilância: você precisa saber ‘se’ ou ‘quando’ se tornou um alvo
Quando for sair de casa, fique atento e observe sempre se há alguém ou algum grupo de pessoas ou carros suspeitos nas proximidades. Procure perceber pessoas ou veículos estranhos, ou tudo que pareça “fora do contexto”: mendigos, casais de namorados estranhos, motoqueiros (principalmente motos com dois ocupantes), furgões ou carros estranhos etc. Desconfiando aguarde e chame a Polícia Militar.
Isso não afasta as abordagens “relâmpago” em que os criminosos atacam seus “alvos de ocasião” (do tipo que vinham passando, viram e atacaram), mas sempre vai conferir algum tipo de vantagem para você. Lembre-se daquilo que já conversamos aqui, sobre a importância de tentar detectar o perigo antes que ele se apresente para você. Acostume-se a não sair de casa sem ter a certeza de que não há alguém espreitando do lado de fora. Para esse propósito, cães são inestimáveis, principalmente em casas e sítios.
Caso note alguma pessoa, motocicleta ou veículo sistematicamente passando e observando a residência ou o prédio ou algum carro parado com pessoas em seu interior nas imediações, procure observar suas características, anote sua placa, retorne para o interior da residência e telefone de imediato para a Polícia. Ás vezes, um atraso de minutos pode salvá-lo de consequências bastante ruins.
Procure sempre melhorar a segurança dos escritórios, gabinetes e casas de veraneio pois, além de roubos, há diversos exemplos de sequestros e assassinatos de pessoas importantes (algumas das quais até dispunham de seguranças) cuja captura se deu nesses locais. Os criminosos se dão por conta da extrema facilidade em chegar a esses locais, constatam que o seu alvo está mais desguarnecido lá do que enquanto na atenta companhia de seus guarda-costas e aí agem com mais facilidade. Não acredite que um estranho uniformizado seja sempre legítimo.
Há inúmeros casos de roubo e sequestros perpetrados por elementos trajados como empregados de concessionárias de serviços públicos de telefonia, luz, água, serviços de limpeza urbana ou correios. Uma empresa de telefonia no Rio de Janeiro chegou mesmo a substituir o seu uniforme em virtude de inúmeras ocorrências de assalto em que eles vinham sendo empregados por ladrões. Em caso de dúvida, tenha sempre o telefone da empresa concessionária para checar a identidade do suposto funcionário junto ao empregador. Em casa, chame a POLÍCIA ainda quando você observar: • Luzes acesas ou barulho em casa de vizinhos que estejam viajando e não tenham avisado qualquer coisa a respeito; • Táxi, carro particular ou caminhão recebendo mercadorias volumosas, com os elementos agindo de maneira nervosa, e sem os cuidados necessários com os objetos a serem transportados, tais como: televisão, aparelho de som, etc.
• Pessoas armadas ou grupos suspeitos, anotando sempre as placas dos veículos estacionados e tentando guardar fisionomias ou características dos elementos do grupo. • Carros novos conduzindo três ou quatro elementos, com placas duvidosas ou danificadas. • Transeuntes desconhecidos carregando grandes embrulhos. • Estranhos parados por muito tempo em portas ou perto de edifícios ou casas, com mochilas ou com roupas destoantes com a estação (como casacos e jaquetas no calor) ou que aparentem esconder armas.
Você deve ainda prestar atenção: • Às pessoas que prestam serviços em sua residência (pintor, pedreiros, bombeiros, etc), procurando obter e manter referências delas; • Aos Vendedores que batem em sua porta em horários de pouco movimento; • Às pessoas que fazem pesquisas ou que prestam outros tipos de serviços da comunidade, que devem estar com a credencial da firma ou empresa e também com a carteira de identidade; • Em pessoas desconhecidas do local que ficam namorando pelas esquinas; • À carteiros desconhecidos na comunidade; • Às pessoas que batem em sua residência pedindo emprego; • Aos colegas desconhecidos que aparecem em companhia de seus filhos; • Aos ex-empregados que são vistos nas cercanias de sua residência; • Aos namorados de suas empregadas que por ventura tem acesso à sua residência;

VINICIUS DOMINGUES CAVALCANTE, CPP, o autor, Consultor em Segurança, Diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança – ABSEG – no Rio de Janeiro e membro do Conselho Empresarial de Segurança Pública da Associação Comercial do Rio de Janeiro. E-mail: vdcsecurity@hotmail.com

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