Diversão e Lazer – 20/05

Capital Inicial faz show acústico no Rio

A banda, sucesso desde os anos 80, apresenta a turnê Acústico NYC
Rafael Kent

O Capital Inicial retorna ao palco do Metropolitan, no Rio de Janeiro, neste sábado (20), com o show da turnê Acústico NYC. Mais de 15 anos se passaram e o sucesso indiscutível do único álbum acústico do Capital Inicial ainda reverbera no coração de seus fãs. Como uma ode àquela época, ao rock brasileiro e aos sucessos registrados pela banda de lá para cá, o CD e DVD Acústico NYC traz o quarteto repaginado, em sua melhor forma técnica, tocando suas canções mais recentes de forma desplugada, sem esquecer também os grandes sucessos de sua rica história.
O DVD, produzido pelo parceiro de longa data Liminha, tem três canções inéditas do público, todas com participações mais do que especiais. O guitarrista Thiago Castanho, ex-Charlie Brown Jr., ajudou a compor “Doce e Amargo”, que é uma homenagem à capital paulista tão marcante na história da banda e do vocalista Dinho Ouro Preto. “A Mina” resgata o espírito do Acústico MTV principalmente por ter sido composta por Kiko Zambianchi, que tocou violão na antológica gravação do ano de 2000. A outra do pacote é “Vai e Vem”, que está nas rádios e tem a voz mais que especial de Seu Jorge, com uma letra que reflete o atual momento conturbado da política brasileira.
Fora as tão aguardadas novidades, o fã pode esperar recentes sucessos do Capital em versão acústica, como é o caso de “Mais”, “À Sua Maneira”, “Quatro Vezes Você”, “Eu Nunca Disse Adeus”, “Vamos Comemorar”, “Olhos Vermelhos”, “O Lado Escuro da Lua”, “Como Devia Estar”, “Depois da Meia Noite”, “Como se Sente” e muito mais, dando espaço também a canções do tão adorado Acústico MTV e do período que o antecede, por que não?
Thiago Castanho será convidado especial no show do Metropolitan e figura de destaque na homenagem à sua antiga banda com o hit “Me Encontra”. Tributo tão necessário quanto será feito à Legião Urbana, com “Tempo Perdido”, que no DVD teve a participação de um dos maiores nomes atuais da MPB, o cantor Lenine.
Quem também acompanha a formação original do Capital Inicial com Dinho (vocal), Yves Passarell (violão), Flávio Lemos (baixo) e Fê Lemos (bateria) no show, é o virtuose Fabiano Carelli (violão) e também Robledo Silva (teclado), parceiro do grupo há vários anos. Para a apresentação, o cenário produzido por Zé Carratu e a iluminação de Césio Lima estão garantidos, sendo completamente fiéis à noite da gravação original em solo americano.
A venda para o público em geral estará disponível pela internet (www.ticketsforfun.com.br), nos pontos de venda espalhados pelo Brasil e na bilheteria do Metropolitan. O show é realizado pela TIME FOR FUN.
 

Artista plástico queimadense expõe na cidade até dia 30

O professor Avelino de Almeida Filho e o artista plástico Marcus Bastos
Luiz Ambrósio/PMQ

O Espaço Cultural Antônio Fraga, localizado no saguão da Secretaria Municipal de Educação de Queimados (Rua Hortência, Centro), recebe até o próximo dia 30 maio a exposição “Viagem”, do artista plástico local Marcus Bastos. A abertura aconteceu na última quinta-feira (18). As obras consistem em 15 telas de 18×24 cm até 1,8×1,35 metros em pintura a  óleo sobre tela e eucatex, acrílico sobre tela e alguns lápis. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira e também nos próximos dois sábados, das 8h às 18h.
A exposição fala das viagens, principalmente aquelas que são feitas diariamente de trem, mas também trata de outros tipos de passeios, como os espirituais retratados nos quadros “Caronte Só” e “Caronte na hora do Rush”, são duas telas de pessoas em barcas, representando os espíritos.
Marcus Bastos, de 47 anos, é estudante do curso de artes visuais da UFRJ e deixou a profissão de dentista, herança do pai, para seguir a carreira de artista plástico. Ele conta que não foi fácil, mas que a profissão é muito gratificante. “Eu não me sentia feliz com a profissão que tinha. Já não trabalhava com afinco e demorava mais do que o necessário nos procedimentos. Cheguei a entrar em depressão e foi a arte que me salvou. Então fui para a faculdade aprender um pouco mais sobre o assunto e hoje faço da arte minha grande mola mestra”, observou.
Este dom de Marcus também vem de berço, assim como a profissão de dentista, garante um de seus antigos mestres, o professor Avelino de Almeida Filho, que também é artista plástico. “Soube que tinha um menino que fazia muito bem caricaturas e quis conhecê-lo. Quando me deparei com os traços de Marcus, fiquei encantado. O conheci ainda menino em uma oficina de arte em Queimados e depois disso trabalhamos mais de 20 anos juntos”, lembrou.
A exposição agradou tanto ao público presente que o secretário de Educação, professor Lenine Lemos, que esteve na abertura, já convidou o artista para produzir uma oficina de artes com os alunos da rede municipal. “Marcus é um artista completo, tem sensibilidade para tratar dos assuntos. Sua arte será fundamental no auxílio da educação em Queimados. Vamos preparar uma oficina de artes para os alunos e também uma outra exposição ainda neste semestre. O tema ainda é surpresa”, adiantou.
O curador da exposição, o professor de História da Arte do Instituto de Artes da UERJ, Mauro Trindade compara a obra do autor com outros grandes mestres das artes. “O trabalho do Marcus filia-se a  grandes mestres como Joseph Turner, Claude Monet, Edouard Manet e outros artistas que transformaram a arte no século XIX e que hoje estão nos maiores museus do mundo ao conjugar uma técnica apurada com uma visão aprofundada de nossos dias. Dono de um desenho soberbo, com perfeito domínio dos recursos do grafite e do óleo, o artista descobre e redescobre novas maneiras de trabalhar com o pincel e o lápis, de fixar as imagens e de expor seus trabalhos, o que confere à sua obra a força do experimento artístico”, observou.

Perfil do artista

Nascido em Queimados, Marcus Bastos é casado e tem uma filha de 12 anos. Como a maioria dos artistas, precisa de outras fontes de renda para se manter e  já atuou até como dentista, “Parei com a profissão de odontólogo em 2008. Hoje, apenas estudo e faço arte. Não é fácil, mas nem tudo dá para calcular na vida. Abandonar a primeira profissão não foi e nem é muito fácil”. Concluiu.

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