Bandidos armados de fuzil e pistola invadiram e saquearam pelo menos oito lojas da Central do Brasil
Fotos: Reprodução / TV Globo
Nem mesmo a aproximação com o prédio da Secretaria de Segurança Pública evitou que pelo menos oito lojas de uma única rua na Central do Brasil fosse alvo de criminosos. Armados de fuzil, mais de 50 bandidos roubaram e saquearam pelo menos oito lojas na madrugada de ontem. O clima é de tensão entre comerciantes, que afirmam que o número de lojas roubadas foi maior: 13. Há informações de que a ordem para os assaltos foi dada por Evanilson Marques da Silva, o Dão da Providência, chefe do tráfico da favela, porque os comerciantes deixaram de pagar a propina para o tráfico. O valor seria R$ 2 mil por semana. O bandido é foragido e o Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 5 mil de recompensa a quem der informações que levem ao criminoso.
As lojas ficam na Rua Senador Pompeu e o ataque aconteceu por volta das 2h. Eles fecharam a rua com um caminhão e levaram até geladeira, ar-condicionado e computadores. Testemunhas dizem que o bando era formado por mais de 50 pessoas. Policiais foram ao local e houve intensa troca de tiros, mas não conseguiram evitar o roubo. Comerciantes dizem que essa é a terceira vez que as lojas são assaltadas esse ano e reclamam da falta de policiamento na região, que ainda conta com a sede da 4ª DP (Presidente Vargas), o Comando Militar do Leste (CML) e ainda a Unidade de Polícia Pacificadora da Providência (UPP).
Ontem pela manhã, alguns comerciantes não abriram as portas. Segundo eles, um homem com um radiotransmissor passou pelo local ordenando que o comércio fosse fechado. O local é conhecido pelos vários depósitos de doces, biscoitos e descartáveis que abastecem comerciantes de todo o Rio de Janeiro.
A polícia afirma que foram oito lojas arrombadas, mas comerciantes garantem que foram 13. A PM foi acionada após o alarme de uma loja de doces tocar, às 2h. Comerciantes dizem que a PM só chegou às 5h30. Dona da loja onde o alarme tocou já foi assaltada três vezes esse ano. Imagens que possam ter registrado a ação dos criminosos serão analisadas.
